Cooperativa de serviços médicos com sede em Santo Ângelo (RS), a Unimed Missões presta assistência à saúde para a população de 27 municípios da Região das Missões, com participação de mercado de 9,65% da população de sua área de ação. Mas não é apenas com a saúde dos clientes que esta empresa se preocupa. Seus funcionários também recebem atenção, e muita, quando o tema é saúde e qualidade de vida. Várias alternativas estão à disposição dos seus 153 colaboradores, que podem usufruir desde atendimento médico até massagem e acupuntura. Por estar inserida em uma região onde o desemprego urbano e a crise no setor rural reduzem o acesso a planos de saúde, esses benefícios são ainda mais valorizados pelos colaboradores da companhia. Poucas empresas da região possuem práticas de benefícios, fator que também contribui para essa percepção. Segundo a supervisora de recursos humanos, Vergínia Donadel Fordiarini, os planos de saúde Unimed são gratuitos para os colaboradores, e os dependentes podem ter acesso a planos com valores acessíveis.

Com o objetivo de buscar a integração dos funcionários, bem-estar e disposição física para o trabalho, a companhia também oferece ginástica laboral, que é realizada duas vezes por semana em dois horários, durante quinze minutos. Os exercícios são praticados por todos os colaboradores com auxílio de professores de educação física e acompanhamento de uma fisioterapeuta. A pedido da equipe, em dezembro de 2004 a empresa começou a oferecer também a massagem relaxante, com sessões de quarenta minutos, disponível durante todos os dias úteis da semana. Essas sessões são realizadas fora do ambiente de trabalho, na clínica da massagista. Também são realizadas breves massagens relaxantes durante os encontros da ginástica laboral, estas no ambiente de trabalho. O colaborador pode ainda solicitar autorização da área de recursos humanos para fazer acupuntura. A escolha do médico especialista é de responsabilidade do colaborador e as sessões são realizadas no consultório médico.

Atividades esportivas são utilizadas como uma forma de promover a saúde dos profissionais. Times de vôlei e futebol jogam semanalmente desde 2004, sendo que a cooperativa é responsável pelo aluguel das quadras, aquisição dos uniformes, bola e rede. O objetivo é permitir a integração dos familiares com a equipe, unindo a vida profissional à pessoal.

Para debater assuntos relacionados à melhoria da qualidade de vida e prevenção, o Grupo Interno de Prevenção Ocupacional (GIPO) realiza desde 2005 palestras sobre o tema. Anualmente, é realizada a semana interna de prevenção ocupacional, em que são concentradas não somente palestras, mas diversas atividades que integram os colaboradores. No início do ano, é definido o calendário das palestras e o tema que será abordado em cada uma delas.

Educação
Além das preocupações com a saúde, outro ponto forte da Unimed Missões são os investimentos em educação e treinamento. De acordo com a supervisora de recursos humanos, os funcionários podem escolher cursos técnicos, de graduação e pós-graduação independentes da sua área de atuação. A cooperativa paga 25% a 50% do curso. “Temos um técnico de enfermagem que cursa ciências contábeis”, conta. Segundo ela, o importante é garantir a satisfação da equipe e preparar os profissionais para novas oportunidades que surgem internamente. No ano que vem, a empresa vai inaugurar um hospital em Santo Ângelo, e os enfermeiros que vão assumir a operação eram técnicos da Unimed Missões que estudaram enfermagem com o apoio da cooperativa. Em 2010, foram investidos 93 mil reais  em treinamentos. Alguns dos cursos que recebem ajuda de 50% são enfermagem, psicologia, administração e fisioterapia.

Para estimular sua equipe, a cooperativa conta ainda com uma política de distribuição de bônus. Mas ao contrário da tradicional distribuição de lucro, esta prefere distribuir parte dos recursos que forem economizados ao longo do ano. Segundo Vergínia, existe um time responsável pela redução de custos com consumo de energia, água, eventos, marketing e outras despesas. Desse montante, 1/12 é rateado entre os funcionários, sendo metade para todos e a outra metade para os que cumpriram a meta de desempenho programada para o período.

As avaliações de desempenho são realizadas semestralmente. Na primeira etapa, os funcionários fazem uma autoavaliação, que depois é encaminhada para o gestor para um feedback. Para facilitar a comunicação interna, os funcionários utilizam a intranet e um mensageiro on-line interno. Na intranet, é possível colocar sugestões em um mural público. Caso as ideias tenham sucesso na implementação, o funcionário que a sugeriu pode receber 800 reais. Recentemente, a Unimed adotou outra iniciativa que melhorou a qualidade de vida dos funcionários. Os treinamentos que antes eram oferecidos em Porto Alegre, a 500 quilômetros de Santo Ângelo, hoje estão disponíveis por meio de videoconferências, o que reduz a necessidade de viagens, que levam cerca de sete horas. Segundo a supervisora, a iniciativa de usar videoconferência tem sido adotada por todas as Unimed do Rio Grande do Sul.

No ano passado, uma pesquisa de clima apontou satisfação de 95% da equipe com a cooperativa. Na visão de Vergínia, isso é resultado de três pilares principais: treinamento e desenvolvimento, crença na organização e benefícios.

Atualmente, a Unimed Missões possui quatro escritórios regionais para melhor atender os clientes das demais áreas, nas cidades de Giruá, São Luiz Gonzaga, Cerro Largo e São Borja. Inaugurada em 1972, é uma sociedade de natureza civil sem fins lucrativos, com o objetivo de congregar os médicos de sua área de ação, prestando serviços de natureza cooperativista, necessários ao desempenho de suas atividades profissionais, exercidas através da assistência médica.

Ao longo de seus 84 anos de fundação, dos quais 55 anos de produção no Brasil, a Caterpillar pauta-se por uma frase lapidar: “O trabalho de hoje, o mundo de amanhã”. De sua longa história, a empresa aprendeu que cada uma de suas ações se desdobra entre a marca que crava no presente e o desenho que esboça do futuro. E para uma empresa que ajuda a construir o bem-estar da sociedade e que torna o progresso possível, é preciso existir uma base sólida de cultura e valores. Como conta Rita Truffi, gerente de RH, os funcionários, com justa razão, acreditam no papel social da Caterpillar. Não sentem orgulho apenas pelo que fazem, mas pelo que tornam possível realizar. “No Brasil, esse sentimento de orgulho que caracteriza a cultura da empresa cresceu e tornou-se uma paixão. Sem dúvida, esse é o principal componente que move a companhia para os sucessivos anos de bom desempenho: é a constatação de que ´as pessoas têm paixão pelo que fazem´”, diz a executiva.

Ter uma força de trabalho 95% engajada não é fruto do acaso. É o curso natural de um ambiente que respeita o indivíduo, que estimula a prática de valores, onde a transparência das ações é uma constante e a oportunidade do diálogo e da participação alicerçam um ambiente de trabalho de camaradagem e trabalho em equipe. Como Rita gosta de frisar, a ética, nesse cenário, não é somente um valor, está implícita na reputação da empresa e na atitude de cada um seus membros. “A esse ambiente somam-se práticas e políticas transparentes e consistentes de RH, todos alinhados aos valores e missão da organização”, conta. Para assegurar a disseminação de seus valores e sua incorporação à cultura organizacional, a Caterpillar lança mão de todos os seus veículos de comunicação e eventos internos, de treinamentos e avaliações. Entre os veículos de comunicação da empresa que cumprem essa função estão o boletim eletrônico diário Primeira Linha , a revista mensal Em Ação , o boletim bimestral Família em Ação (para os funcionários e seus familiares) e o videojornal bimestral Momento Caterpillar .

Além disso, a empresa promove os Encontros de Comunicação e Orientação (ECOs) e Mini-ECOs, estes anuais, que mobilizam todas as áreas e níveis hierárquicos para debater a estratégia e seus resultados, sempre com base nos valores da Caterpillar. Rita conta que metade do bom clima na empresa se deve a esses valores que pautam todas as ações, tornando-as mais justas. Ela lembra que nos períodos mais agudos da crise, quando a empresa teve de demitir cerca de 1,2 mil funcionários, todos os colaboradores entenderam as razões e não deixaram que o comprometimento fosse afetado demais.

Essa confiança nos processos e na garantia de que a empresa se pauta por valores fortes ajudam a atrair e reter muitos profissionais. A média mínima de anos de casa de um funcionário é de 15 anos (Rita está há 18 anos na empresa e o atual presidente, 35 anos). Isso demonstra, também, que a companhia oferece boas práticas para seus executivos. Rita conta que a empresa costuma estar extremamente atenta ao amadurecimento de seus executivos. Aquele reiteradamente classificado como H (de high potential) crescerá verticalmente, terá a oportunidade de ganhar experiência internacional e, provavelmente, de retornar em posição mais elevada.

Para seus executivos, vale a mesma política salarial da organização: o pacote de remuneração total, incluindo salário fixo e variável, oferece compensação acima da média de mercado e é revisado anualmente com base nas pesquisas realizadas pela consultoria Hay Group e pela própria corporação. Além disso, aplica-se também aos executivos ajuste salarial em função da avaliação de desempenho, anual, com base em metas e resultados estabelecidos, considerando as competências técnicas e comportamentais e prática dos valores, e a concessão de aumentos coletivos. A gerente de RH destaca que quanto mais alto o nível a que chega um executivo, mais cresce a proporção variável de sua remuneração. Quando se considera que essa parte variável é composta de ações da Caterpillar, uma empresa classificada pela revista Fortune entre as 100 maiores do mundo, e que acabou de ser classificada como 35ª. companhia mais admirada no mundialmente, pode-se concluir que, também sob o aspecto financeiro, um executivo tem boas razões para fazer carreira lá, finaliza Rita.