Evite o ponto de ebulição

de Redação em 3 de maio de 2017

Não deixe que o estresse no trabalho ganhe força e o derrube

Jornada de trabalho extensa, pressão por bons resultados, alta competitividade e falta de reconhecimento levam trabalhadores a um estado de estresse constante que, com o passar do tempo, acarreta baixa produtividade e danos à saúde física e mental, também conhecida como síndrome de burnout. Um estudo realizado pela International Stress Management Association (Isma-BR), em 2012, apontou o Brasil como o segundo país com maior nível de estresse no mundo. No mesmo ano, dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) revelaram que os gastos com auxílio-doença concedidos por transtornos mentais, ultrapassaram 218 milhões de reais, causados pelo estresse no trabalho.

qualidade-de-vidaNa opinião da headhunter Luciana Tegon, sócia-diretora da Consultants Group by Tegon, o estresse no ambiente profissional é encarado por muitos como o “mal do século”, mas há dicas importantes para amenizar o quadro, que prejudica o desempenho de muitas pessoas. “Procure ajuda se não estiver conseguindo lidar sozinho com as situações. O coaching é uma ótima opção para fortalecer seus pensamentos, entender opções e adotar comportamentos que o farão atravessar cenários turbulentos de forma positiva e construtiva”, revela.

A qualidade de vida é uma das prioridades das empresas hoje em dia, por buscarem alta performance e redução de problemas com seus funcionários. Para Luciana, há profissões muito estressantes, mas nem sempre elas são as únicas culpadas por gerar um desequilíbrio no trabalho. “Há pessoas que sofrem com o estresse por outros motivos, como a falta de identificação com o trabalho que realizam, problemas de relacionamento com equipes e gestores ou até submissão a uma cultura ou valores da empresa que não representam seus próprios valores”, explica. Nas empresas, os estresses mudam para cada cargo: funcionários e empresários. Confira as cinco dicas da especialista para reduzir e lidar com o estresse, nos dois perfis.

  • Para o funcionário:
    1. Crie estratégias para enfrentar as situações de pressão. Quem se prepara para situações que podem vir reage de forma menos precipitada e emocional. Estude sua área, a situação da empresa, observe os fatos e pense estrategicamente qual deve ser seu comportamento para agregar valor à empresa e colaborar para que todos vençam as dificuldades. Esse tipo de postura demonstra inteligência emocional e será percebido positivamente por seus gestores, elevando suas possibilidades de manter-se na empresa e até ser considerado para posições elevadas.

    2. Organize seu tempo de acordo com as prioridades. Em tempos de equipes enxutas, sobram atividades e falta tempo. Dizer “não” às vezes não é a melhor estratégia. É sempre bom negociar com seu chefe as tarefas e entregas. Aqueles que reagem a tudo de forma negativa começam a perder espaço dentro das corporações. A palavra de ordem é “resiliência”.

    3. Saiba avaliar o tamanho de cada problema. Não reaja a tudo da mesma forma. Pequenos problemas não devem ser recebidos e nem tratados com a mesma gravidade de grandes dificuldades. Avalie e trate cada situação individualmente e evite o efeito “última gota que transborda o copo”.

    4. Mantenha o pensamento positivo. Por mais difícil que seja não contaminar-se com o baixo-astral dos corredores corporativos, assuma a postura de que na vida tudo é um ciclo e que esse ciclo desafiador também vai passar. Isso contribui para sua qualidade de vida e para estimular as outras pessoas a fazerem o mesmo, melhorando o ambiente de trabalho como um todo.

    5. Mantenha uma rotina de alimentação, atividade física e sono adequados. O sistema nervoso será bastante exigido. Um corpo forte e equilibrado responderá melhor ao estresse, estando menos vulnerável a doenças comuns aos períodos de pressão nas empresas como depressão, problemas respiratórios, enxaquecas, gastrites, taquicardia, pressão alta e baixa imunidade.

  • Para o empresário:
    1. Atenção à forma de comunicar-se com os funcionários.
    Pequenos ruídos de comunicação podem gerar grandes males. Transparência é fundamental; porém, o uso adequado de palavras (e no momento certo) pode transformar uma mensagem difícil em um chamado para que todos se unam no objetivo de superarem juntos o cenário desafiador. O poder do engajamento dos colaboradores é determinante para as empresas vencerem crises.

    2. Mantenha a estrutura e o ambiente de trabalho saudáveis. Muitas vezes, com o objetivo de reduzir custos, pequenos benefícios são tirados dos funcionários gerando mal-estar e temor. Avalie o custo X benefício e, principalmente, o impacto que a medida vai gerar financeiramente para a empresa X impacto moral no time.

    3. Mantenha as lideranças alinhadas e afinadas no discurso e na postura. Maus gestores são destruidores de equipes.

    4. Esteja atento a focos de “incêndio” nas áreas. Identifique, corrija ou demita colaboradores que adotam postura inadequada semeando discórdia e caos. O momento é de coalizão e esforço conjunto.

    5. Comemore sempre! Pequenas vitórias devem ser sempre comemoradas e valorizadas. São pequenos lampejos de alegria e esperança que vão alimentando e motivando a equipe a fazer mais e melhor a cada dia.

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