Gestão

Evolução organizacional e o RH

de Danilo Santos* em 18 de abril de 2011

A mudança organizacional tornou-se algo costumeiro e frequente no dia a dia corporativo. Em outros tempos, as empresas mudavam esporadicamente, quando as necessidades surgiam. Atualmente, elas tendem a buscar a mudança! As organizações mudam para competir no mercado, cumprir leis ou regulamentações, introduzir novas tecnologias ou atender variações nas preferências dos clientes ou de parceiros. Há quem afirme que a única competência que importa para as empresas, hoje em dia, é a capacidade de determinar que competência será necessária no dia de amanhã. Isso exige alteração contínua de estrutura e adoção de novas políticas, entre outras coisas.

Dado esse contexto de mudança intencional e contínua, talvez o próprio termo não se aplique mais. As empresas, então, não somente mudam, mas, sim, evoluem! Qual a diferença? A mudança se caracteriza como algo mais bruto e disruptivo. Trata-se de um rompimento com a situação estabelecida anteriormente. A evolução, por sua vez, é uma transformação lenta e suave. É um progresso sucessivo, que traz a sensação de melhoria gradativa.

É claro que, do ponto de vista da adaptação pessoal (ou seja, do colaborador, do indivíduo), a mudança é mais traumática, pois pelo seu próprio caráter disruptivo faz com que as pessoas se assustem e a encarem como algo negativo. Na verdade, as pessoas não têm medo das mudanças, mas sim de serem mudadas. Daí surgirem preocupações como: “Será que eu me adaptarei à nova rotina de trabalho, à nova chefia, ao novo sistema?”

A evolução tende a ser um processo de mais fácil assimilação, mas, mesmo assim, causa incômodos pelo seu caráter constante. Nesse caso, o que aflige é a sensação de “instabilidade”, que propicia questionamentos como: “Todo dia temos desafios novos, estrutura nova, novas políticas. Será que isso não vai parar nunca?”

Considerando o cenário exposto nos parágrafos anteriores, o que se conclui é que o profissional de hoje precisa desenvolver uma capacidade contínua de adaptação à mudança. O profissional de hoje deve evoluir de forma contínua. Nessa circunstância, qual deve ser o papel do RH?

A área de recursos humanos de hoje deve trabalhar de forma ainda mais ágil as competências humanas. Deve estar sempre alerta às questões que envolvem clima organizacional, capacitação e desenvolvimento de competências. Deve agir de forma proativa em conjunto com a direção da empresa no estabelecimento de estratégia. E, principalmente, deve zelar para que as questões culturais e os valores da companhia sejam mantidos e as mudanças sejam percebidas sempre positivamente. Deve lidar e valorizar as tradições e a história da empresa e, ao mesmo tempo, focar e conduzir as pessoas em direção ao futuro planejado.

Em nosso caso, o nosso RH está “apontado” para essa direção, disposto e capaz de auxiliar a empresa a trilhar o caminho futuro cheio de mudanças e evoluções. Prepare-se você também para esse momento! Entenda que esse contexto de mudanças contínuas veio para ficar (sem jogo de palavras) e aproveite isso da melhor maneira possível.

*Danilo Santos é gerente de RH da Progen

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