Experiência que vem das Gerais

de Thais Gebrim em 14 de agosto de 2009
Betania Tanure: segurança pública foi uma das prioridades

A reintegração de ex-detentos na sociedade ganhou um aliado poderoso em Minas Gerais: líderes do setor privado. Recentemente, o governador Aécio Neves assinou o decreto que institui o Projeto Regresso, resultado de uma parceria entre a ONG Instituto Minas Pela Paz (IMPP), a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) e o governo mineiro.

Por meio do projeto, a administração pública estadual subsidiará por dois anos com dois salários mínimos as empresas que contratarem egressos do sistema prisional. Mais do que dar trabalho e renda para essa população, o projeto visa a reinseri-la na vida familiar e na sociedade, evitar a reincidência criminal e, dessa forma, combater a violência. A iniciativa é fruto de uma das propostas levadas pelos componentes do Conselho Estratégico da Fiemg, que fundaram o IMPP, ao governador de Minas. Além do cargo de presidente de grandes companhias, eles têm em comum a aspiração de contribuir para o desenvolvimento sustentável do Estado. Dois de seus representantes, Marco Antônio Castello Branco, da Usiminas, e Cledorvino Belini, da Fiat América Latina, estarão no CONARH 2009, para participar do painel Responsabilidade em prática: transfomação do indivíduo, organização e sociedade, que será conduzido pela professora da PUC-Minas e consultora empresarial Betania Tanure.

Há cerca de três anos, ela foi convidada pelo presidente da Fiemg, Robson Braga de Andrade, para colaborar na estruturação do Conselho Estratégico da entidade. Ao criá-lo e chamar dirigentes das principais empresas sediadas em Minas para integrá-lo, a federação desejava colocar a experiência e o conhecimento do setor privado à disposição do governo e da sociedade na identificação e solução de questões fundamentais para o desenvolvimento do Estado.
“A segurança pública foi um dos temas que o grupo de presidentes elegeu como prioridade de trabalho”, destaca Betania. Nesse sentido, num primeiro momento, junto com o governo de Minas, foi criado o Disque Denúncia, que, segundo ela, tem obtido resultados excepcionais. O segundo passo foi o Projeto Regresso, que significa uma quebra de paradigma importante nas organizações. “Se os presidentes não bancarem a ideia, ela não deslancha”, diz Betania.

Além da questão da segurança, o conselho está finalizando a formatação de outro projeto, este na área da educação, com o objetivo de desenvolver um programa de qualificação dos mais de 4 mil diretores de escolas da rede pública de ensino e aprimorar a gestão dessas instituições.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail