Tecnologia

Futuro do trabalho: a concepção de novas formas de trabalhar e de aprendizagem

À medida que os sistemas de Inteligência Artificial (IA) e robótica crescem em sofisticação, quase todos as categorias de trabalho estão sendo reinventadas

de Redação em 10 de maio de 2018
Foto: Freepik

Conduzida pela aceleração da conectividade e da tecnologia cognitiva, a natureza do trabalho está mudando. À medida que os sistemas de Inteligência Artificial (IA) e robótica crescem em sofisticação, quase todos as categorias de trabalho estão sendo reinventadas. Com isso, faz-se urgente que as empresas reconsiderem como elas captam talentos; organizam cargos e atividades; contratam, desenvolvem e dispensam empregados; e planejam seu crescimento.

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Tais questões integram o que hoje chamamos aqui de “futuro do trabalho”. O movimento, registrado com maior intensidade nos últimos anos em todo o mundo, traz ao debate temas como: Quais aspectos do trabalho serão substituídos por automatização? É possível aumentar a produtividade dos profissionais aliando seu trabalho ao uso de tecnologias avançadas? Qual será o impacto da IA e da robótica na experiência do cliente, na qualidade do serviço e nas marcas?

De acordo o levantamento Global Human Capital Trends 2017, desenvolvido pela Deloitte e que entrevistou mais de 10 mil líderes de empresas e executivos da área de Recursos Humanos (RH) em 140 países, apenas 20% dos participantes disseram que reduziriam o número de empregos em consequência da implementação de práticas de Inteligência Artificial e de robótica em seus negócios. Em contrapartida, 77% dos entrevistados afirmaram que vão capacitar pessoas para usar a tecnologia ou redesenhar trabalhos para aproveitar melhor as habilidades humanas.

Com isso, observa-se que, enquanto as tarefas estão sendo automatizadas, as partes “essencialmente humanas” do trabalho se tornam cada vez mais importantes. Características como empatia, comunicação, persuasão, facilidade de trabalhar em equipe e capacidade para a tomada de decisões estratégicas são mais valorizadas do que nunca. Os millennials, por exemplo, se consideram disruptores, questionadores e líderes de mudanças. Familiarizados às ferramentas tecnológicas, eles veem o futuro do trabalho na perspectiva de que a comunicação e desempenho são alavancados pela tecnologia, e não comprometidos por ela.

A pesquisa Millennial Survey 2017, também da Deloitte, e que contou com a participação de 8 mil “millennials” de 30 países, aponta que 50% dos entrevistados dizem acreditar que a automação é uma oportunidade para se ter mais tempo para atividades de valor agregado ou criativas, bem como para o desenvolvimento de novas habilidades.

Diante desse momento transformador, os desafios de uma nova era para o trabalho exigirão investimentos decisivos em ensino e educação multidisciplinar de qualidade, formação profissional – tendo em perspectiva as tendências e as potenciais ocupações que serão predominantes nos próximos anos -, treinamento e atualização contínuos daqueles que formam a base de todo o mercado de trabalho.

Podemos concluir então que, diante do futuro do trabalho, os líderes de RH devem se concentrar na diferenciação entre habilidades humanas essenciais, como pensamento criativo e ético, e tarefas não essenciais, que podem ser executadas por dispositivos robóticos. Isso requer a reformulação de carreiras e a concepção de novas formas de trabalhar e de aprendizagem – tanto em relação às organizações, quanto aos indivíduos.

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