Gestão

Gestão de empresas: 6 passos para uma redução de custos efetiva

Aprenda a trazer para a realidade a teoria matemática capaz de enfrentar os desafios de mercado no controle de custos

de Redação em 4 de dezembro de 2018

A teoria matemática empresarial é simples: Receita – Despesa = Lucro. Este cálculo significa que para a organização ter lucratividade no final do mês os ganhos precisam estar em maior peso na balança do que os gastos. Falar é fácil, mas, na prática a realidade é outra. Entretanto, apesar dos desafios encontrados no mercado capazes de desestabilizar o empresário, é necessário fazer a conta funcionar.

Marcus Marques, mentor de pequenas e médias empresas, aponta o modelo mental como norte. “Todos os nossos comportamentos são guiados pela mente. Por exemplo, se eu pensar que meus funcionários não são confiáveis e nem estão engajados no negócio, vou centralizar as atividades. Não vou delegá-las. Então, para alcançar o sucesso no ramo empresarial é preciso ter a mentalidade certa. Sem esta característica eu posso ter a técnica e o conceito, porém, o meu comportamento não será assertivo porque o ser humano se impõe a fim de justificar o que acredita”, pontua.

Confira abaixo as seis principais dicas de Marques para garantir uma economia empresarial.

Se atente ao custo invisível: existe uma série de gastos dentro da sua empresa que não significam faturas ou o aluguel. Mas, eles têm o poder de esgotar o lucro. Neste cenário, o principal custo invisível fica a cargo da má contratação de colaboradores. Ou seja, é uma despesa visível, contudo, o desempenho está fora do alcance dos seus olhos já que o funcionário não está te dando um retorno efetivo. Outro episódio a ser levado em consideração é a falta de eficiência que nada mais é do que um departamento mal organizado.

Implante uma cultura de redução de custos: independente do tamanho da sua equipe é imprescindível implantar uma cultura de redução de custos na organização. O excesso no uso de copos de plástico ou uma ligação pessoal com o telefone da empresa parecem não representar tanto nas finanças, mas são elementos que juntos fazem a diferença. Portanto, trabalhe a conscientização contra os exageros e desperdícios. Uma dica para começar é explicar sobre o benefício de ser um colaborador consciente. Essa atitude valoriza o profissional. Afinal, todo o ambiente organizacional está interessado em quem contribui para os lucros da marca. Dessa forma, as chances de uma projeção de carreira aumentam.

Não se preocupe em gastar pouco, gaste bem: às vezes uma decisão não será tomada pelo menor preço e sim pelo melhor retorno. Quando se trata de controlar os gastos, o Retorno Sobre Investimento (R.O.I) destaca-se. Antes de investir o melhor caminho é fazer uma projeção em relação ao retorno que você terá ao optar por aquela escolha. Então, não deixe de auto refletir: Vale à pena? É o melhor momento? Vai trazer lucro? Você também deve compartilhar o cenário de possibilidades com as pessoas do seu time porque quanto mais visões de diferentes ângulos melhor. Dê asas ao seu instinto empreendedor para ponderar, criticar e elaborar.

Pratique a gestão financeira: seja amigo das planilhas ou dos softwares, pois eles são indispensáveis para o controle efetivo de gastos. Nesta etapa é preciso documentar as informações financeiras do seu negócio. Ou seja, ser fiel ao registro do valor que entra e sai. Este processo é apelidado de centro de custos ou plano de contas no qual as despesas são organizadas em categorias de acordo com a realidade da organização. Ao criar uma categorização você começa a descobrir onde o seu dinheiro está indo.

Entenda a diferença entre custo fixo e custo variável: há uma enorme confusão em relação aos conceitos de custo fixo e custo variável. Porém, para o dono de uma empresa é importante o domínio dos termos. O fixo trata-se dos gastos mensais. Ou seja, sempre que entra o mês você já está com ele na planilha de despesas, tais como: internet, telefonia, aluguel ou seguro. Já o variável está atrelado à produção e vendas. Quanto mais vendas, mais crescimento de custos, o que torna-se positivo no momento em que a companhia tem margem de lucro. É importante ressaltar que o responsável por “arruinar” uma empresa é o fixo. Portanto, trate-o com cuidado.

Não tenha medo de negociar: o segredo de uma boa negociação é entender que o ato é uma tríade. O primeiro fator que interfere na ação é o tempo. Um período maior de negociação traz mais reduções de custos. Então, não deixe de criar um planejamento de aquisição de serviços. Em segundo lugar vem a necessidade. É importante controlar-se a fim de não demonstrar tanto interesse para não perder o poder de barganha. Por fim, não se esqueça de argumentar. Quanto mais você conhecer sobre o produto a ser adquirido maiores são as possibilidades de conseguir um desconto.

“Negocie, faça permutas e otimize processos. O controle de gastos é uma oportunidade de reavaliar as despesas para chegar em soluções mais assertivas. Não deixe de promover essas mudanças com frequência”, afirma o mentor.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail