Gestão

Interesse no resultado

de em 28 de maio de 2010

“O que a gente quer é que nosso funcionário goste do que está fazendo, queira ficar na empresa e dê resultados. O engajamento é reflexo do interesse no resultado.” Assim a gerente de RH da Caterpillar, Rita Truffi, define a posição da empresa em relação ao engajamento dos funcionários. A fórmula tem dado certo: mesmo em meio a demissões, no ano passado a Caterpillar, sediada no Brasil em Piracicaba (SP), foi eleita a melhor empresa para trabalhar no Brasil e na América Latina pelo Great Place to Work (GPTW). Além disso, a medição anual do clima da empresa registrou 98% de satisfação dos cerca de 4,2 mil funcionários – segundo critérios internos.

De acordo com Rita, esses bons resultados se devem a uma política interna de transparência na comunicação e uma preocupação constante de despertar o engajamento do indivíduo alinhando seus valores aos valores da companhia. Desse modo, mesmo as más notícias, como demissões, são divulgadas claramente. “Como promover o engajamento se a empresa esconde o que está acontecendo?”, questiona.

Para a gerente, a insatisfação salarial pode ser um fator desmotivador, na medida em que o funcionário sente que não está sendo reconhecido, mas alerta para o fato de que todo o pacote de benefícios e remuneração precisa ser muito bem divulgado e baseado em critérios claros. “A pessoa pode receber um salário alto, mas, se não acredita no líder nem está dentro dos valores da empresa, não há engajamento”, diz Rita.

Na opinião dela, o engajamento é resultado de uma política de gestão de pessoas justa. “Deve ser uma política que dá oportunidade para todos, em que os processos de RH são conhecidos e confiáveis”, ressalta. Conforme já publicado na revista Melhor RH, o pacote de benefícios da organização também está entre os mais completos do mercado, e envolve desde clube para o lazer dos funcionários até auxílio financeiro para necessidades de emergência.

Já em outra ponta, a empresa procura identificar rapidamente os focos de desengajamento e trabalhar com o gestor para reverter esses quadros de maneira individual. De acordo com Rita, na grande maioria das vezes o problema é resolvido com a troca de gestores. “Basicamente, o desengajamento é um problema de liderança”, afirma. Por isso, segundo ela, a companhia continua investindo no aperfeiçoamento dos líderes e nos canais de comunicação. “A gente costuma dizer que é preciso explicar a mesma coisa 11 vezes. A comunicação é um trabalho de formiguinha”, conclui Rita.

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