Mais de 50% dos gestores não sabem dar feedback, aponta pesquisa

de Redação em 24 de março de 2017

Alexandre Prates, coach e consultor da Insperiência, ministra treinamento para capacitar líderes em São Paulo no mês de abril

Para o crescimento e o aperfeiçoamento de uma empresa, o feedback tornou-se uma ferramenta essencial de comunicação entre gestores e funcionários. No entanto, a ausência dela ou sua incorreta realização faz com que muitas empresas percam seus colaboradores, já que acaba se tornando um momento de tortura – é o que aponta um recente estudo realizado pela Insperiência, agência de educação corporativa, por meio de data analytics. Dos 320 gestores avaliados, mais de 50% não sabe a forma correta de dar feedback à sua equipe.

A pesquisa revela que muitos mitos envolvem a cultura do feedback: 64% dos entrevistados acreditam que o local mais indicado para se aplicar o feedback seja em uma sala exclusiva, quando na verdade ele deve ser realizado em um local para uma conversa agradável. “Ele deve ser encarado de uma forma natural. Uma sala exclusiva cria a sensação de formalidade, que é desnecessária”, esclarece Alexandre Prates, especialista em liderança e desenvolvimento humano. Consultor da Insperiência, Alexandre é responsável por criar a metodologia “Feedback sem mimimi”, que está sendo aplicada nas grandes empresas do país.

Outro ponto a ser destacado é a respeito do feedback em grupo: para 47% dos profissionais, ele só é válido quando o resultado for positivo. Nos casos negativos, os profissionais preferem fazer individualmente. De acordo com o especialista, isso reflete a falta de conceito sobre essa ferramenta, já que um feedback em grupo apresenta as competências de cada um, o que viabiliza os caminhos para potencializá-los e se torna um momento importante para o amadurecimento da equipe.

A análise ainda apontou que 61% dos líderes aplicam o feedback somente quando o colaborador está apresentado um comportamento inadequado. “Isso traz a conotação de que o feedback só é útil para corrigir comportamentos, ou seja, o momento da conversa é sempre negativo. Os líderes precisam compreender que o melhor momento para se aplicar um feedback é quando o colaborador está desempenhando bem, pois as chances de evoluir um comportamento positivo são muito maiores”, ressalta Prates.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail