O que elas precisam saber sobre carreira e empoderamento feminino

de Redação em 9 de março de 2017

Um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra a real diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho em um período de dez anos – e as condições para as mulheres não melhoraram muita coisa:

– No ano de 2005 as mulheres trabalhavam 6,9 horas a mais por semana do que os homens enquanto que em 2015 esta diferença passou para 7,5 horas semanais;
– O tempo gasto por homens com atividades profissionais reduziu aproximadamente 3 horas, porém a dedicação masculina em afazeres domésticos se manteve na mesma carga horária de dez horas semanais. As mulheres também reduziram o tempo de atividades domésticas (de 26,9 horas para 24,4 horas), porém as horas fora de casa em uma atividade laboral seguem na média 35 horas semanais;
– A jornada masculina que era de 48,4 horas semanais passou para 46,1 horas e a jornada feminina reduziu de 55,3 horas para 53,6 horas semanais em dez anos.

O que falta às mulheres para conseguir esta posição de igualdade então?

master-coach-textoA Master Coach Bianca Caselato explica que o empoderamento da mulher tem muita ligação com o que ela exerce profissionalmente – ou melhor, com o que ela pretende exercer:

“O trabalho doméstico, por exemplo, é tão desgastante quanto o de uma empresa ou mesmo como profissional liberal, porém a maiorias destas mulheres não se sentem poderosas, ativas e têm uma autoestima baixa.  Muitas mulheres têm o sonho de ingressar no mercado de trabalho, mas falta coragem ou motivação justamente por terem ficado muito tempo fora das atividades profissionais, ou mesmo jamais terem ingressado nele.”

No mercado de trabalho também há desmotivação
A especialista aponta que a falta de motivação não acontece apenas com as mulheres que estão mais tempo em casa. Existem as que trabalham dentro de uma organização e não se sentem confiantes para assumir novos cargos com mais responsabilidades:

“A falta de autoconfiança para assumir um cargo de liderança, por exemplo, acontece por fatores como excesso de peso, falta de cuidados de beleza ou, o estado emocional em que elas se encontram. Trabalho para que estas mulheres percebam a necessidade de estar bem com elas mesmas, sem depender de um marido ou de dinheiro para se sentirem bonitas ou ter um cargo excelente. Depois que a mulher se encontrar torna-se poderosa, a partir pode conseguir o que deseja.”

Dando o start no empoderamento
Um posicionamento individual mais decidido é o início para mudar este panorama, mesmo com o cenário não sendo favorável:

“A mulher deve buscar o seu espaço. Depende apenas dela mudar, ou começar essa mudança. Apesar de muitas empresas ainda terem conduta preconceituosa por gênero ainda velada. Se a mulher está em uma empresa em que não tem um tratamento igual, seja de salário ou de função, com outra pessoa na mesma condição, cabe a ela se posicionar e entrar em ação. Talvez mudar de empresa, talvez tornar-se empresária, mas nunca aceitar o papel de vítima por ser mulher.”

Redes Sociais ajudam no empoderamento
Uma referência ao poder da mulher ao se posicionar no mercado de trabalho:

“Muito do empreendedorismo feminino acontece no fato de que as mulheres têm filhos e querem buscar qualidade de vida. Ela precisa de tempo mais livre, de uma agenda em que possa cuidar da família e do seu trabalho, além de não ficar desmotivada. O fato da mulher estar empreendendo, usando grupos de Facebook, por exemplo, para vender um produto ou serviço, é um bom exemplo de sucesso que acontece recentemente.”

Empreender sim, mas dentro do seu talento
Quando a mulher sente que o negócio está dando certo, a autoestima melhora e ela percebe que não precisa necessariamente entrar no mercado corporativo, porém, Bianca alerta que o sucesso vai depender da disposição, do talento  e da atitude de cada mulher:

“Não pode apenas se jogar, ter um sonho não significa que tudo vai dar certo.  É preciso que a mulher se descubra. Se o sonho dela é ser advogada e, para ter tempo livre, ela abre uma loja de bijuterias, a chance deste empreendimento não dar certo é enorme, pois ela ama outra coisa, não era este o seu sonho.  Por motivos extras, a mulher acaba tomando caminhos que não vão levá-la ao sucesso. É preciso se descobrir primeiro, empreender, depois.” conclui Bianca Caselato.

 

 

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