Benefícios

Otimismo acima de tudo

de Redação em 5 de outubro de 2015

Turquetto, da Alelo: poder de exercer a escolha dos produtos

Os cartões de alimentação parecem ganhar terreno na preferência das empresas. Ao menos é o que se pode inferir da pesquisa feita pela consultoria Carreira Muller, que mostra um crescimento expressivo nos últimos três anos na concessão desses cartões: hoje, 78% das 820 organizações entrevistadas optam por essa modalidade, número 26% maior que o constatado em 2012.

A pesquisa revela ainda que mais de 40% das empresas deixaram de optar pela cesta básica. Segundo o estudo, a migração foi motivada pela inflexibilidade e qualidade dos itens (produtos alimentícios, de higiene pessoal e limpeza). Além disso, outra razão reside no fato de o cartão oferecer ao funcionário o mesmo montante que ele receberia se fosse repassado diretamente pelo salário, mas com um custo menor para a empresa, pois não há tributação. O avanço e a aceitação dos cartões também foram percebidos em outros levantamentos, desta vez realizados pelas empresas do setor Alelo e Sodexo.

A gerente de produtos da Sodexo Benefícios e Incentivos, Luciana Aoki, conta que a empresa ouviu cerca de 2 mil empresas e verificou que os cartões presente e alimentação são a preferência nacional de 31% das entrevistadas quando respondem à questão sobre qual é o tipo de presente que mais agradaria ao funcionário. “Essas opções aparecem na frente das cestas natalinas físicas e dinheiro, por exemplo”, lembra a executiva.

No caso do levantamento feito pela Alelo, em agosto, o foco eram as cestas e cartões natalinos. Conforme conta André Turquetto, diretor de marketing e produtos da empresa, a pesquisa apontou que 72% dos entrevistados disseram preferir os cartões em relação às cestas de Natal, outros 16% optaram pela cesta física. Declararam-se indiferentes 12% dos entrevistados. “O principal motivo detectado para a preferência pelo cartão de Natal é o poder de exercer a escolha dos produtos que formarão a própria cesta. Outras razões citadas foram a não utilização de parte dos itens que compõem a cesta física e a dificuldade de transporte”, acrescenta Turquetto.

Mas há quem garanta ainda aposta na importãncia e mercado das cestas físicas. É o caso de Severino Francisco da Silva, diretor comercial da CVS Cestas. Para ele, a cesta física ainda é o único benefício que cumpre integralmente o propósito de alimentação pessoal e familiar. “Além de ter vantagens como controle de redução do absenteísmo, ou seja, perda da cesta por atraso e/ou faltas. Com a cesta, o colaborador terá maior número de produtos alimentícios pelo valor agregado; dedução de imposto etc. Pesquisas realizadas pelo Ministério do Trabalho mostram que a cesta básica ainda está com maior índice de aceitação à frente, inclusive, de assistência médica”, diz.

Silva conta que o atual período turbulento da economia tem gerado um impacto em todos os segmentos. No caso da CVS, ainda que o oferecimento de cestas físicas seja  um item obrigatório, muitas vezes fixado por meio de acordo sindical, em algumas situações há um reflexo nas vendas. No entanto, o diretor comercial conta que a CVS está conseguindo manter os objetivos e acredita ser possível manter o número de vendas dentro do esperado.

Assim como a CVS, a Ticket também nota que alguns clientes passaram por reestruturações e reduções de quadros; no entanto, a expectativa da empresa é de um aumento significativo nas vendas do produto Ticket Alimentação de Natal. “A necessidade de motivar e reter talentos é algo contínuo nas organizações e se faz ainda mais gritante em tempos de crise”, diz Julio Zancopé, gerente de estratégia e marketing de produtos da Ticket.

Parte dessa expectativa pode estar em alguns setores que, segundo ele, estão crescendo mesmo na crise, como agronegócio, o de exportações e de educação. “O mercado de benefícios está muito longe da saturação, ainda temos muito para desbravar, especialmente em pequenas e médias empresas”, conta.

Na Alelo, a expectativa também é parecida. Turquetto conta que a empresa decidiu “não participar da crise econômica” e, por essa razão, trabalha para manter um desempenho significativo nos próximos dois anos. “Uma das grandes frentes da nossa estratégia é fomentar a diversificação do portfólio de produtos e serviços com inovação. Atualmente, contamos com mais de 100 mil empresas-clientes e, em 2014, participamos com 292 milhões de compras de refeições 245 milhões de aquisições de alimentos”, diz. “Hoje, os cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição são os nossos carro-chefes, pois são produtos que fazem parte do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)”, acrescenta.

Motivação

Diante de um cenário econômico desafiador, a Multibenefícios GPA acredita que todos, empresas e pessoas, devem ser adeptos do consumo consciente e realizar um planejamento financeiro para equilibrar as contas no fim do mês. “As empresas precisam estar preparadas para ajudar os colaboradores nessa tarefa”, diz Sheila Moura, gerente da Multibenefícios GPA. Até mesmo para aproveitarem ao máximo os benefícios do cartão ao comprarem os itens que desejarem.

Paralelamente ao fato de as empresas estarem atentas em ajudar a saúde financeira de seus funcionários, elas devem ter foco também na motivação, como lembra a executiva: “Colaboradores motivados são mais produtivos, trabalham melhor e geram resultados positivos, representando uma parte fundamental das companhias para atingir metas e resultados em tempos de crise”.

Sheila conta que a perspectiva da empresa como um todo é de crescimento nas vendas dos produtos para 2015 e 2016. Para chegar a essa meta, a empresa pretende, além de lançar novos produtos, investir em ações de marketing. “Especialmente para o público de RH. Estaremos presentes com o patrocínio de eventos do setor, realização de eventos próprios e publicidade segmentada, além de campanhas de trade. Também estamos investindo na construção de novos canais de comunicação com o cliente, com o desenvolvimento de um novo aplicativo e presença nas redes sociais”, acrescenta Sheila. Na Sodexo, a expectativa é ter um incremento de 20% com as vendas de incentivos direcionados para Natal e Ano-Novo em relação ao ano passado.

E por falar em Natal, as perspectivas para essa época são otimistas. A Multibenefícios aposta no Multicash Natal, pelo qual as cestas de Natal tradicionais são substituídas por um cartão com crédito definido pela empresa para o colaborador comprar o que quiser em todas as lojas do GPA, incluindo comércio eletrônico.

Na Sodexo, a atenção está centrada na personalização, inclusive na campanha que a empresa desenvolveu para este ano. “Entendemos que os desejos para o Natal são muito diversos e queremos reforçar que é possível agradar aos mais variados perfis de colaboradores. Para traduzir essa mensagem, nossa campanha de Natal inclui uma ação especial: vamos enviar um link para que as empresas possam elaborar cartões virtuais personalizados e encaminhá-los a colaboradores, parceiros, entre outros públicos, tanto por e-mail quanto pelas redes sociais”, diz Luciana.

Já a Ticket acredita que a praticidade e o poder de escolha que o cartão oferece vão contribuir para os resultados positivos. “O cartão permite que a empresa-cliente determine o valor do crédito, com o qual o colaborador pode comprar alimentos in natura em mais de 100 mil estabelecimentos em todo o país. Dessa forma, proporcionamos liberdade ao trabalhador, possibilitando a livre escolha pelos estabelecimentos que tiverem preços mais competitivos e pelos itens que estiverem em promoção. Acreditamos que é essa a maior tendência para este ano”, diz Zancopé.

Praticidade também é o destaque na visão da Alelo. Turquetto conta que essa é a grande demanda. E para atender a esse anseio de possibilidade de escolha, a empresa aposta em alguns produtos com essa premissa. “Um deles é o Alelo Natal Alimentação, que possibilita aos colaboradores montarem a ceia com a sua cara, incluindo itens saudáveis como verduras, legumes e frutas em ampla rede de supermercados. Existem também inúmeras vantagens para o RH das empresas, como evitar os transtornos com armazenagem e distribuição das cestas físicas”, diz.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail