Outra estratégia

de em 12 de agosto de 2011

São poucas as empresas bem preparadas para a demanda por talentos necessários para conduzir os objetivos dos negócios por trás das estratégias de globalização. De acordo com uma pesquisa realizada pela Mercer, chamada New insights on global leadership development (em português, Novos insights sobre desenvolvimento de liderança), as organizações precisam: reconhecer que líderes globais requerem habilidades e competências diferentes; desenvolver líderes globais mais cedo em suas carreiras e em diferentes modos; e abordar liderança global com a mesma intensidade do modelo de negócios global.
 “Liderança global, em inúmeras organizações, é, hoje, na maioria das vezes, o ponto culminante para uma ´carreira doméstica´ longa e aclamada”, disse Colleen O´Neill, líder de gestão global de talentos da Mercer para as Américas.

“Nossa pesquisa mostra que essa estratégia é equivocada. Liderança global nem sempre é o próximo nível de liderança – é muito mais eficaz cultivar as capacidades necessárias para ser um líder bem-sucedido logo no início da carreira de um profissional.” De acordo com Marisabel Ribeiro, líder da área de Talent Management da Mercer no Brasil, muito se tem discutido sobre os requisitos específicos do exercício da liderança atrelados  à globalização. Mas quais competências deveriam ser desenvolvidas nos profissionais para prepará-los para esta  tarefa? “Essa é a pergunta que tem  ocupado boa parte das preocupações dos parceiros de RH responsáveis por esse desafio”, diz ela. “Uma das hipóteses mais frequentemente encontradas como explicação para essa demanda tem sido a de encarar a liderança global como um novo passo, uma nova etapa do desenvolvimento das competências viabilizadoras do bom exercício desse papel”, complementa.


Segundo Marisabel, alguns estudos realizados pela consultoria, como o citado, trazem, no entanto, uma nova perspectiva para esse debate. “Nossos pesquisadores apontam como conclusão que não se trata de um ´next step´ do desenvolvimento do líder, mas sim de um processo que se dá ao longo da  carreira. A nós caberá traçar um conjunto de políticas, uma trilha de crescimento desse profissional que vá favorecendo desde a identificação das competências necessárias para  o desempenho de papeis globais até a criação de um ambiente multidisciplinar de aprendizagem (mentoring, experiências temporais etc.) que ajude em sua formação.”

A pesquisa descreve as barreiras organizacionais comuns, tais como valor insuficiente colocado em transferências internacionais e programas de repatriação modestos que podem impedir o desenvolvimento do talento para liderança global. Para abraçar integralmente suas estratégias de globalização, as organizações precisam destinar melhores recursos para o desenvolvimento de líderes globais ao longo de suas carreiras.

Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail