Para viver melhor

de em 12 de fevereiro de 2014





Questões como competitividade, capacitação e liderança são comuns nas rodas de discussão dos gestores de pessoas. Mas você já pensou em discutir sobre relações familiares ou como lidar com sucesso? E solidão? Conversamos com JͶel Thrinidad, autor de Mente aberta & coração tranquilo – o cotidiano do novo executivo (editora Ideias & Letras) para saber mais sobre esse lado B da gestão de pessoas. “A vida executiva é tão desafiadora como em qualquer profissão que exceda as paredes do escritório”, diz. O livro foi desenvolvido a partir de uma pesquisa liderada pela consultora Betania Tanure. O estudo apontou, por exemplo, que 84% dos executivos são infelizes no trabalho e 58% acham que os cônjuges estão descontentes com o ritmo excessivo de trabalho deles. O livro é voltado para gestores de RH que estão preocupados com a qualidade de vida de todos os profissionais, assim como para os próprios executivos, veteranos ou aspirantes Í  carreira executiva.


Melhor: Quais as principais angústias pessoais dos executivos?

JͶel Thrinidad: Posso destacar a competitividade como a de maior peso. Em busca do aumento da produtividade, com custos cada vez menores e em condições de igualdade ou superior a concorrência, o executivo atualmente precisa lidar com a ansiedade, a forte pressão por soluções imediatas sem jamais esquecer a inovação. Mostrar-se engajado e ter um perfil versátil passou a ser uma necessidade quase obsessiva. Hoje é possível conectar-se ao trabalho de todos os lugares e também ser encontrado a qualquer hora, gerando estresse e aflição.


Até que ponto elas influenciam nos resultados da gestão?
O corre-corre e a busca desenfreada por resultados prejudicam a concentração, a tomada de decisão sem analises críticas, sem contar a satisfação no ambiente de trabalho pelas conquistas já obtidas. Fisicamente eleva a pressão sanguínea, arritmia cardíaca que pode levar a depressão e a inúmeros problemas de saúde. Sem contar o fato de afetar diretamente os relacionamentos pessoais. Diz-se atualmente que o executivo de sucesso é aquele que está tentando ser feliz no terceiro casamento na expectativa de que a filha caçula seja a mais privilegiada por crescer com os pais presentes em casa. Ou seja, a gestão de todas as vidas que elevam o grau de felicidade do individuo (pessoal, familiar, social, afetiva e espiritual) são prejudicas em função de uma única vida, a profissional.


Como os RH´´´´s das empresas podem ajudar esses executivos?
O RH pode influenciar no melhor aproveitamento de seus colaboradores em atividades que reflitam a preocupação de bem-estar social, favorecendo um clima organizacional participativo, com apoio emocional que os ajudem a lidar melhor com a pressão e com as cobranças. Essa preocupação não só divide as responsabilidades pelo melhor aproveitamento do tempo, como também torna efetivo e barato qualquer recurso que a empresa pense investir. Para ser feliz no trabalho é necessário mais respeito e valorização do ser humano do que qualquer outro tipo de investimento.



Você dedica um capítulo inteiro a solidão. Como lidar com o isolamento que a liderança impõe?
A solidão é definitivamente o tema que mais me surpreendeu no momento em que fazia a pesquisa para escrever o livro Mente Aberta & Coração Tranquilo. O executivo tornou-se o ser mais solitário que existe. Desde aquele que não assume o desconhecimento por uma determinada atividade por medo de mostrar-se incompetente diante dos colegas de trabalho, até o outro que toma decisões importantes diariamente em sua sala ampla e confortável. Se ele está ali é porque todos a sua volta, sabem da sua capacidade, conhecimento e habilidades. Mas, todo Super-Homem tem seu dia de mortal e como mortal ele precisa dividir suas angustias, seus medos e receios. Precisa de uma opinião muitas vezes diferente da maioria, e também de um apoio para quando as coisas não acontecem de acordo com o planejado. Quanto mais perto do céu você está, mais longe do chão fica.


Dê cinco dicas de como manter a mente aberta e o coração tranquilo no mundo corporativo.

1. Mantenha-se aberto para novas ideias e divida com as pessoas a responsabilidade por prover resultados. Quando a gente delega com prazer, recebe de volta o apoio, a atenção e a descompressão de ter que acertar sempre.


2. Dê valor aos relacionamentos. Que a família deixe de ocupar somente os porta-retratos, os amigos o telefone e as mensagens, faça-os presentes na vida real.  Permita-se viver um novo romance e não deixe de lado a espiritualidade. Em momentos de crise, essas relações o ajudarão a ficar bem.


4. Pratique esporte. Ele ajuda a eliminar as toxinas atadas ao corpo, revigora e torna possível antigas habilidades. Promove relacionamentos e coloca você em ambientes abertos e arejados, ajudando o cérebro a enxergar melhor soluções democráticas em ambientes complicados.


5. Pense e viva mais para si. Reserve uma hora do dia para fazer planos pessoais, investir em algo prazeroso, a olhar com carinho para seus pés e no seu equilíbrio interior. A felicidade está naquilo que a gente acredita e não naquilo que diz a maioria. E quando a gente está feliz consigo mesmo, o mundo inteiro copia.





Questões como competitividade, capacitação e liderança são comuns nas rodas de discussão dos gestores de pessoas. Mas você já pensou em discutir sobre relações familiares ou como lidar com sucesso? E solidão? Conversamos com JͶel Thrinidad, autor de Mente aberta & coração tranquilo – o cotidiano do novo executivo (editora Ideias & Letras) para saber mais sobre esse lado B da gestão de pessoas. “A vida executiva é tão desafiadora como em qualquer profissão que exceda as paredes do escritório”, diz. O livro foi desenvolvido a partir de uma pesquisa liderada pela consultora Betania Tanure. O estudo apontou, por exemplo, que 84% dos executivos são infelizes no trabalho e 58% acham que os cônjuges estão descontentes com o ritmo excessivo de trabalho deles. O livro é voltado para gestores de RH que estão preocupados com a qualidade de vida de todos os profissionais, assim como para os próprios executivos, veteranos ou aspirantes Í  carreira executiva.


Melhor: Quais as principais angústias pessoais dos executivos?

JͶel Thrinidad: Posso destacar a competitividade como a de maior peso. Em busca do aumento da produtividade, com custos cada vez menores e em condições de igualdade ou superior a concorrência, o executivo atualmente precisa lidar com a ansiedade, a forte pressão por soluções imediatas sem jamais esquecer a inovação. Mostrar-se engajado e ter um perfil versátil passou a ser uma necessidade quase obsessiva. Hoje é possível conectar-se ao trabalho de todos os lugares e também ser encontrado a qualquer hora, gerando estresse e aflição.


Até que ponto elas influenciam nos resultados da gestão?
O corre-corre e a busca desenfreada por resultados prejudicam a concentração, a tomada de decisão sem analises críticas, sem contar a satisfação no ambiente de trabalho pelas conquistas já obtidas. Fisicamente eleva a pressão sanguínea, arritmia cardíaca que pode levar a depressão e a inúmeros problemas de saúde. Sem contar o fato de afetar diretamente os relacionamentos pessoais. Diz-se atualmente que o executivo de sucesso é aquele que está tentando ser feliz no terceiro casamento na expectativa de que a filha caçula seja a mais privilegiada por crescer com os pais presentes em casa. Ou seja, a gestão de todas as vidas que elevam o grau de felicidade do individuo (pessoal, familiar, social, afetiva e espiritual) são prejudicas em função de uma única vida, a profissional.


Como os RH´´´´s das empresas podem ajudar esses executivos?
O RH pode influenciar no melhor aproveitamento de seus colaboradores em atividades que reflitam a preocupação de bem-estar social, favorecendo um clima organizacional participativo, com apoio emocional que os ajudem a lidar melhor com a pressão e com as cobranças. Essa preocupação não só divide as responsabilidades pelo melhor aproveitamento do tempo, como também torna efetivo e barato qualquer recurso que a empresa pense investir. Para ser feliz no trabalho é necessário mais respeito e valorização do ser humano do que qualquer outro tipo de investimento.



Você dedica um capítulo inteiro a solidão. Como lidar com o isolamento que a liderança impõe?
A solidão é definitivamente o tema que mais me surpreendeu no momento em que fazia a pesquisa para escrever o livro Mente Aberta & Coração Tranquilo. O executivo tornou-se o ser mais solitário que existe. Desde aquele que não assume o desconhecimento por uma determinada atividade por medo de mostrar-se incompetente diante dos colegas de trabalho, até o outro que toma decisões importantes diariamente em sua sala ampla e confortável. Se ele está ali é porque todos a sua volta, sabem da sua capacidade, conhecimento e habilidades. Mas, todo Super-Homem tem seu dia de mortal e como mortal ele precisa dividir suas angustias, seus medos e receios. Precisa de uma opinião muitas vezes diferente da maioria, e também de um apoio para quando as coisas não acontecem de acordo com o planejado. Quanto mais perto do céu você está, mais longe do chão fica.


Dê cinco dicas de como manter a mente aberta e o coração tranquilo no mundo corporativo.

1. Mantenha-se aberto para novas ideias e divida com as pessoas a responsabilidade por prover resultados. Quando a gente delega com prazer, recebe de volta o apoio, a atenção e a descompressão de ter que acertar sempre.


2. Dê valor aos relacionamentos. Que a família deixe de ocupar somente os porta-retratos, os amigos o telefone e as mensagens, faça-os presentes na vida real.  Permita-se viver um novo romance e não deixe de lado a espiritualidade. Em momentos de crise, essas relações o ajudarão a ficar bem.


4. Pratique esporte. Ele ajuda a eliminar as toxinas atadas ao corpo, revigora e torna possível antigas habilidades. Promove relacionamentos e coloca você em ambientes abertos e arejados, ajudando o cérebro a enxergar melhor soluções democráticas em ambientes complicados.


5. Pense e viva mais para si. Reserve uma hora do dia para fazer planos pessoais, investir em algo prazeroso, a olhar com carinho para seus pés e no seu equilíbrio interior. A felicidade está naquilo que a gente acredita e não naquilo que diz a maioria. E quando a gente está feliz consigo mesmo, o mundo inteiro copia.

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