CONARH

Poder de influenciar pessoas e empresas

de em 25 de janeiro de 2014

Como a área de recursos humanos pode ajudar uma empresa a reinventar a gestão? Que competências ou habilidades têm esses profissionais para levar a cabo uma missão tão importante? Para responder a essas questões, ouvimos algumas pessoas ligadas diretamente ao tema “pessoas”. Do que se ouve, fica clara a importância do papel de influenciador que recursos humanos devem (ou deveriam mais) desempenhar. Por atuar como uma espécie de interface entre várias áreas e níveis hierárquicos, o profissional de recursos humanos pode contribuir para a transformação da gestão (e quem sabe até da empresa) ajudando a criar um ambiente propício à criatividade, coordenando o relacionamento entre todos os atores organizacionais e passando a mensagem correta – leia-se o propósito da mudança. Mas tudo isso é possível se ele, RH, for um verdadeiro parceiro estratégico.

Visão ampliada
A área de RH tem a possibilidade de ser um grande parceiro estratégico em qualquer processo de transformação ou evolução das empresas na medida em que pode lançar mão de prerrogativas no dia a dia tais como: atuar de forma ampla, gerando interface com as diferentes áreas da organização; interagir com os diferentes níveis hierárquicos e, portanto, entender os diferentes estímulos para cada público; participar do processo de tomada de decisões, tendo papel consultivo; desenvolver a cultura com os diferentes modelos e ferramentas de gestão de pessoas; apoiar e influenciar a construção de um time de alta performance com os atributos de que a organização necessita; identificar e desenvolver as competências-chaves que farão a diferença para a estratégia do negócio; e modelar o estilo de gestão por meio do gerenciamento da performance, desenvolvimento e comunicação com os gestores. Tendo clareza e lucidez sobre o potencial de influência que a área pode ter sobre a organização, cabe aos líderes de RH entender claramente a melhor maneira de impactar a tomada de decisão e a reinvenção a ser pilotada e fazer isso com consciência, visão ampliada e profissionalismo.
Telma Souza, diretora de RH da Catho

Cuidar do diálogo
Sabe-se que todo projeto de sucesso é fruto de uma enorme capacidade de relacionamento das pessoas que o compõem, e o RH tem se mostrado como elemento estratégico na coordenação desse esforço. A gestão avança escutando as facetas da realidade e o RH se consolida na medida em que intermedia o diálogo entre os atores organizacionais. Reinventar a gestão só é algo efetivo com uma coordenação de pessoas que atua harmonizando as diferenças em prol dos resultados. Se não, é puro exercício da fantasia.
Homero Reis, presidente da Homero Reis e Consultores

Permitir arriscar
A transformação nas empresas precisa ser de cima para baixo. Temos de ter gestores que possibilitem a criatividade, em que seja permitido arriscar, dar ideias diferentes e muitas vezes errar, acabando com o medo de fracasso. Criar uma cultura em que todos podem trocar informações, entender as diversas práticas de cada área, diminuindo as distâncias dentro das empresas. E para criar isso as pessoas devem ter mais liberdade e menos amarras, lembrando que não necessariamente precisamos desrespeitar as regras, mas, sim, ter um ambiente ético e confiável.
Neide Malta, gerente de RH da Assist Card Brasil

Propósito da transformação
O RH está sempre atento ao alinhamento dos profissionais à gestão da empresa, sobretudo, nos momentos de mudança ou inovação. Mudanças efetivas na gestão das empresas só acontecem com o envolvimento do RH. Ao reinventar a gestão, é preciso fazer com que os colaboradores percebam o propósito dessa transformação. Nesse contexto, o RH é o grande facilitador dessa percepção, provocando aderência dos colaboradores aos novos valores da empresa de tal sorte que os transforme em agentes dessa reinvenção.
Werner Mitteregger, diretor de RH da Simpress

Cooperação
Sendo o conceito de gestão de pessoas um conjunto de estratégias definidas de acordo com os objetivos das organizações, a necessidade de reinventar o modelo está na dificuldade em administrar comportamentos e o capital humano. Lidar com crises pode significar a criação de oportunidades para mudanças. Adaptar-se às novidades é uma tarefa árdua, mas pode trazer resultados extraordinários se a área de gestão de pessoas se recriar pautada na visão de que grupos heterogêneos podem produzir bons resultados sempre que houver respeito, humildade e cooperação entre indivíduos. 
Corina Schabbel, diretora de RH da Benner Sistemas

 

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