Gestão

Pra frente, Brasil! – Parte III

de Gumae Carvalho em 14 de março de 2012

Performance

A evolução da mobilidade tecnológica deverá facilitar, ainda mais, o trabalho fora do escritório, no próprio cliente, por exemplo, ou em casa, nas funções que dependam menos do contato pessoal diário. Também haverá mais ênfase nas avaliações de performance individuais e em grupos, que impactarão os vencimentos dos profissionais, com foco na concretização de metas e na melhoria dos processos. Habilidades de comunicação e gestão de crises serão tão importantes quanto o domínio de outros idiomas.

Rosimeire Franco, gerente de Recursos Humanos da Central Nacional Unimed


 

Capacidades

Saber reconhecer, lidar e valorizar as diferentes gerações atuantes no mercado serão ações fundamentais. Mas o desafio não para por aí. Acredito que essa multidisciplinaridade deverá ser acompanhada de políticas com foco em retenção de pessoas, entende-se aqui a inclusão de propostas de remuneração e reconhecimento diferenciadas. Para isso, o RH deverá se preparar cada vez mais, ampliando suas capacidades de análise, criatividade, visão estratégica, liderança, habilidade de motivar e influenciar pessoas, somados ao amplo conhecimento de negócios.

Edna Bedani, diretora de RH da Ticket


 

Equilíbrio

Vamos continuar aprofundando o debate sobre o papel do departamento de RH na aceleração da competitividade das empresas, sem deixar de lado o equilíbrio com o nível de qualidade de vida que torna a todos mais produtivos. A mobilidade e a flexibilidade podem ser ferramentas importantes, mas não são adequadas a todos os tipos de empresa, devido à natureza de cada uma. Existe uma falsa ideia de que qualidade de vida só se refere ao tempo que se passa fora do local de trabalho. Isso é um erro. Se o ambiente de trabalho é construtivo, onde todos são ouvidos, não importando seu nível hierárquico e nele as pessoas são respeitadas, existe qualidade de vida dentro da
vida profissional. 

Eduardo Mezei, gerente de RH da Divisão América Latina e Caribe da Fedex


 

Inclusivas

Acredito que no futuro falaremos mais nas carreiras inclusivas. Quantas vezes ouvimos falar de programas de carreiras para deficientes? Fala-se de cotas, apenas, e não de carreira.

Tania Casado, professora da FEA/USP


 

Flexibilidade

Haverá uma tendência à desburocratização dos contratos de trabalho, permitindo às pessoas trabalharem por projetos dentro de uma mesma organização ou em empresas diferentes, mas mantendo seus registros de desempenho e crescimento profissional. Isso muda o conceito de carreira, que passa a ser aberto e de “propriedade” de cada um. As redes sociais terão papel importante na alocação das pessoas para os diferentes projetos de trabalho. Recomendações de colegas de trabalho e contratantes serão fundamentais.

Augusto Gaspar, diretor de Professional Services da Micropower


 

Sem chibata

Todo o processo seletivo será on-line. O último contato será na empresa para um ajuste de expectativas e de mútua escolha, ou seja, a empresa escolhe o colaborador, mas o colaborador escolhe a empresa. Essa tendência já existe, mas os RH precisam perder o medo de ficar sem emprego. Os talentos serão compartilhados: as empresas irão reforçar o que as pessoas têm de melhor. Esse processo será mais racional, visando resultados.

Dináurea Cheffins, vice-presidente de RH da Atlantica Hotels International


 

Hierarquia

O benchmarking de RH tenderá a ser mais universal, em oposição ao foco ainda no contexto americano. Iremos nos voltar mais para a Inglaterra, França e os BRICs. Executivos e profissionais home office provocarão mudanças nas relações hierárquicas, nas alternativas para desenvolvimento pessoal, na velocidade e qualidade das decisões, na necessidade maior da tecnologia. Estamos na era do plug and play office. Decrescerá o número de colaboradores em tempo integral, o que não implica redução de tarefas, mas sim maior disponibilidade de tempo para as organizações. Pesquisas mostram que essa mudança aumenta a produtividade e a inovação, bem como reduz o nível de estresse dos colaboradores.

L. A. Costacurta Junqueira, CEO do Instituto MVC

 

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