A escassez de talentos não é exclusividade dos países emergentes, mas é um problema global que deve atingir todos os níveis profissionais nas indústrias em quase todo o mundo até 2020, segundo o estudo Global talent risk, da consultoria The Boston Consulting Group (BCG). Se nos países emergentes o problema é qualificação, nos países do hemisfério norte a dificuldade é a baixa taxa de natalidade, que reduz a mão de obra disponível e aumenta a proporção de aposentados. Em países como Reino Unido, Alemanha, Canadá e EUA, a imigração e as taxas de natalidade previstas não serão suficientes para balancear a perda da força de trabalho causada pelo envelhecimento da população.
Atualmente, trabalhadores estrangeiros com formação universitária ou qualificação equivalente representam apenas 2% do mercado europeu, comparado com 4,5% nos EUA e quase 10% no Canadá. De acordo com o estudo, se não houver esforços, a escassez de mão de obra se tornará uma ameaça ao crescimento contínuo, especialmente em economias mais avançadas. “O capital humano substituiu o capital financeiro e passou a ser o motor da prosperidade econômica,” afirmou o CEO do BCG, Hans-Paul Bürkner. Como solução, o relatório propõe sete respostas:
- Introduzir o planejamento estratégico da mão de obra de modo a abordar o desequilíbrio entre a oferta e a demanda de trabalhadores.
- Facilitar a migração para atrair os talentos certos globalmente.
- Promover a “circulação de cérebros” para amenizar a fuga de cérebros.
- Aumentar a empregabilidade por meio da alfabetização tecnológica e habilidades de aprendizado multiculturais.
- Desenvolver uma “treliça” de talentos através do enfoque em rotas profissionais e educacionais tanto horizontais como verticais.
- Incentivar a mobilidade temporária e virtual para ter acesso fácil às habilidades necessárias.
- Ampliar o pool com a inclusão de mulheres, profissionais mais velhos, pessoas com necessidades especiais e imigrantes.
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