Resgatar um termo antigo

de Gumae Carvalho em 25 de janeiro de 2014

Para muitos, o nome PRK30 não significa nada. No entanto, trata-se do mais  importante programa de humor do rádio brasileiro, o precursor de tantas outras experiências do riso nas ondas hertzianas. Quem abria os trabalhos era Megatério Nababo d´Alicerce, o único locutor português que se orgulhava de “falar inglês em vários idiomas”, como ele dizia. Nas palavras dele, ainda, a PRK30 era uma rádio 48% honesta, “a estação que venceu, viu e chegou”. Na sequência, vinha Otelo Trigueiro, “dono da voz em que as abelhas se inspiram para fazer o mel”.

Sucesso nas décadas de 1940 e 1950, nas rádios Mayrink Veiga e, depois, Nacional, o programa era, na verdade, comandado pelo paulista Lauro Borges e pelo mineiro Castro Barbosa, que alternavam inúmeros outros personagens ao longo do show.

Borges e Barbosa eram uma dupla e tanto e encarnavam uma perfeita parceria. Termo este, aliás, que, hoje, para muitos não significa muita coisa. A cumplicidade desse modelo café com leite nos palcos (aludindo a outra parceria, no campo político) era a ponta de um processo que começava antes, com a preparação dos textos. Era um show de disciplina e profissionalismo em busca de algo maior: um belo espetáculo com a diversão garantida, dos ouvintes e deles, por que não.

Parcerias como essa não parecem existir muitas hoje, o que talvez explique o vazio do termo. Uma pena, algo entristecedor. Em alguns casos, até mesmo parceiros antigos se estranham tempos depois em função do que dizem a respeito de temas políticos ou ligados aos esportes – ou aos dois ao mesmo tempo, “certo peixe”? Mas há sempre uma luz no fim do túnel e torcer para que uniões como essas voltem não é bancar a Poliana, mas exercer nossa humanidade em acreditar na humanidade.

No mundo corporativo, nossa esperança recai na aproximação do gestor de recursos humanos com os principais líderes. Essa parceria entre CEO e RH, muito além de palavras, necessita sair do discurso e subir ao palco para fazer o que tem de ser feito. A edição do CONARH deixa isso bem claro, não apenas apresentando caso de quem já entendeu seu papel nesse roteiro, mas trazendo a necessidade de entender o mundo que nos cerca, cada vez mais mutante, e guiar a organização em mares cada vez mais inconstantes. E por falar em parceiros, esta edição de MELHOR chega com dois novos colunistas: Eugenio Mussak e Dorival Donadão.

Professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), consultor e autor de vários best-sellers, Mussak comanda a coluna Ponto de partida que, como o nome indica, vai fazer com que as pessoas, depois da leitura, ganhem algum novo significado, reflitam, busquem novos caminhos. E para isso, precisam de um ponto de partida!

Consultor em gestão e desenvolvimento humano, Donadão assina a coluna Drops gerenciais. Mais do que análises de quem entende do assunto, ele vai propor reflexões e, por que não, inquietações sobre o mundo da gestão de pessoas. Bem-vindos, parceiros!

 

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