Gestão

RH na veia

de Redação em 14 de junho de 2016

Porque a área de recursos humanos não sai e nem vai sair de mim

Posso ter saído do RH, mas o RH não saiu de mim!” Essa frase foi a resposta que dei, quando resolvi assumir uma unidade de negócios em consultoria. Mas comecei a refletir sobre o que, de fato, significava, se realmente eu me sentia assim ou se era apenas uma tentativa de ter uma justificativa mais romântica. Concluí que era verdade! Ainda carrego na mente e no coração as questões de RH! São todas aquelas questões que se relacionam com o que em inglês se convencionou mencionar com a sigla BKD, ou o being, knowing e doing do ser humano dentro das organizações. Sim, são todos os temas que se conectam com a realização dos objetivos estratégicos de uma instituição.

Ou seja, “o RH não saiu de mim” porque ainda carrego no peito abordagens que me permitem trazer uma discussão de como respeitar o being, as individualidades, os valores e princípios norteadores das ações de uma pessoa dentro do contexto organizacional. Tudo que a formou e forjou, que a trouxe até seu atual estágio e as discussões que podem levá-la a um estágio de maturidade, de desempenho integral maior e/ou melhor do que foi até agora.

Abordagens que permitem refletir sobre o significado do que ele(a) está sendo, dentro de um contexto em que o “ser”, por muitas vezes, ficou em segundo plano. Isso é ser RH!
E tem ainda o knowing, em que continuo a provocar discussões e reflexões sobre novas possibilidades, concretude e resultado em ações de formação, capacitação e/ou desenvolvimento de habilidades, competências, atitudes e comportamentos. É prover às pessoas oportunidades reais de aumentar seu conhecimento e alinhá-lo às demandas da estratégia. É apoiar essas pessoas em aprender a aprender, em absorver novos conhecimentos, em colocar em dúvida todas as suas certezas no intuito de que sua consciência cresça, de que sua capacidade de analisar dados, transformá-los em informações e daí para conhecimento aplicável, com resultados tangíveis, seja um objetivo a ser perseguido. É prover oportunidades de aprendizado contínuo! Mais RH do que isso, impossível.

Por último, o doing… a missão que ainda carrego de possibilitar que as pessoas façam o que precisa ser feito, da forma correta, no timing adequado, com o budget apropriado e atingindo o resultado combinado. É dar espaço e condições de que o trabalho seja feito! É prover ferramentas, é cobrar resultados, é fazer a gestão do desempenho de forma adequada, na qual superar o combinado precisa ser reconhecido, assim como o que ficar aquém do que foi estabelecido como o conjunto do ROM (resultados, objetivos e metas) precisa ser revisto. É apoiar essas pessoas para que possam fazer seu trabalho. Isso também é RH na veia!

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Sinceramente, quando leio tudo isso, o que sinto é que, independentemente da posição ou área na organização, se a estratégia está alinhada com seus valores (e vice-versa), você tem um “quê” de RH aí dentro! Cuidar, prover possibilidades e reconhecer são dimensões que nos levarão a resultados sempre superiores… mas, sempre com as pessoas. Isso é ser RH!

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