Tecnologia

Risco na palma da mão

de Redação em 27 de julho de 2015

Apesar da grande popularização dos dispositivos móveis, os usuários ainda subestimam os riscos que correm ao se conectarem. Segundo uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab e pela B2B International, 28% dos usuários sabem nada ou muito pouco sobre malware móvel. Infelizmente, essa falta de conhecimento é benéfica aos cibercriminosos.

A pesquisa mostra que, dentre os aparelhos com sistema Android, somente 58% dos smartphones e 63% dos tablets estão protegidos por alguma solução antivírus enquanto, no geral, 31% dos smartphones e 41% dos tablets nem sequer estão protegidos por uma senha. A conduta despreocupada dos usuários talvez se deva ao fato de que 28% deles não sabem da existência de ameaças cibernéticas dirigidas a dispositivos móveis e 26% sabem, porém não se preocupam com elas.

Para piorar o cenário, dentre os Androids desprotegidos, 18% contêm as informações que os criminosos mais querem encontrar: senhas dos cartões de banco, senhas de e-banking e outros dados financeiros; 24% dos mesmos usuários armazenam as senhas das redes sociais, e-mails pessoais e de trabalho, VPN (rede privada virtual) e outros recursos sensíveis. Mesmo os usuários que não se preocupam em proteger seus dispositivos com senhas, armazenam em seus smartphones e-mails pessoais (49%), e-mails de trabalho (18%), e “dados que não querem que ninguém veja” (10%).

“O fato de as ameaças para dispositivos móveis crescerem não surpreende, já que os dispositivos estão fazendo cada vez mais e muitas pessoas passaram a utilizá-los. É claro que isso atrai os fraudadores. Para que não se tornem vítimas, aconselhamos que os usuários protejam seus dispositivos contra ciberameaças, especialmente se armazenam dados financeiros”, explica Victor Yablokov, diretor da área de produtos móveis da Kaspersky Lab, fornecedor de soluções de proteção de Endpoint.

Cuidados pessoais 
Ainda de acordo com a pesquisa, usuários de Android enfrentam ameaças on-line com mais frequência do que os usuários de Windows*. Estes últimos têm mais conhecimento dos perigos da internet e 90% deles costumam proteger seus dispositivos. Dessa forma, a pesquisa descobriu que, em um período de 12 meses:

> 41% dos usuários de smartphones e 36% dos usuários de tablets possuem aplicativos maliciosos;

>  as contas de serviço de 18% dos usuários de smartphones e de 24% dos usuários de tablets foram hackeadas;

>  contabilizando todos os sistemas de diferentes plataformas móveis, a média de ataques soma 31% (aplicativos maliciosos), 14% (invasão de contas de serviços online) e 43% (ciberataques financeiros) – significativamente menor do que apenas os valores da plataforma Android.

* Este dado se refere a usuários que citaram um dispositivo com uma plataforma como seu principal dispositivo para conectar-se à internet.

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