Saúde em primeiro lugar

de em 18 de outubro de 2011

Oabismo entre a longevidade crescente da população mundial e o preparo para manter aposentadorias mais longas vem aumentando nos últimos anos, enfatizando a necessidade de educação e planejamento financeiro. Essa é uma das análises da pesquisa divulgada recentemente pela Metlife e realizada na Austrália, Índia, México, Reino Unido e Brasil. O levantamento traz dados em relação ao comportamento do brasileiro no que se refere à percepção dos benefícios que recebe da empresa. O Brasil, que participou pela primeira vez na pesquisa, é cotado como uma das principais lideranças na economia mundial até meados do século. O constante crescimento do país é refletido em um alto nível de confiança dos trabalhadores – o mais elevado da América Latina. O estudo, realizado com 500 empregados e 250 empregadores, mostra que 70% dos funcionários brasileiros acreditam na melhora de sua situação financeira nos próximos seis meses.

Apesar do otimismo, há grandes inquietações financeiras do trabalhador médio brasileiro. O índice de endividamento ainda é alto e persiste a preocupação em não conseguir pagar as contas. Os brasileiros são os que mais temem o impacto da morte ou doença sobre a segurança financeira de sua família (71% afirmaram estar “extremamente preocupados”). Logo na sequência, 68% dos pesquisados temem que a estabilidade econômica seja afetada por gastos médicos não cobertos pelo plano de saúde. Apesar dessa preocupação, menos da metade dos entrevistados tomaram alguma medida para assegurar suas necessidades, como a contratação de um seguro de vida.

Benefícios e aposentadoria
Em relação aos benefícios solicitados pelos trabalhadores brasileiros, o mais pedido é o convênio médico, com 90%. Em seguida, aparece seguro de vida, planos odontológicos e check-up. Já do ponto  de vista das empresas, 83% consideram manter o trabalhador satisfeito como o principal objetivo ao oferecer benefícios. O levantamento mostra ainda que:
75% dos trabalhadores brasileiros dizem que estão ´extremamente preocupados´ em conseguir pagar os gastos do convênio médico com o dinheiro da aposentadoria;
69% temem não conseguir se sustentar com o salário da aposentadoria;
63% preocupam-se em ter recursos financeiros suficientes para cuidar dos pais e parentes na terceira idade.

Outro dado importante é que os trabalhadores pretendem se aposentar aos 56 anos, apesar de a longevidade ter aumentado no país. Mesmo assim, apenas um em cada quatro trabalhadores possui um plano de previdência privada.
 
Ferramentas estratégicas
Dado o impacto da crise financeira nas poupanças, os pesquisados mostraram interesse e necessidade em ter um melhor planejamento financeiro e educação nos cinco países pesquisados. “Seja uma empresa multinacional com operações em vários países ou uma grande empresa local, o maior patrimônio e diferencial competitivo está no seu quadro de funcionários. Fornecer uma diversidade de benefícios ajuda a fortalecer a lealdade e a satisfação com o emprego e a atingir os principais objetivos da empresa”, diz Eugene Marks, vice-presidente da Metlife, responsável pelo Grupo de Relações Corporativas. “Para as empresas, administrar benefícios significa pensar de forma global e agir localmente em razão da crescente complexidade de programas de aposentadoria, programas financeiros, de saúde e bem-estar”, completa Eugene.

 

Dados do mundo
Austrália
> Cerca de um terço das empresas, que atualmente não oferecem benefícios, estão considerando ofertar produtos de proteção de renda, invalidez e seguro de vida nos próximos três anos. Mais da metade dos australianos acima de 41 anos sente que existe descompasso para atingirem suas metas de aposentadoria, enquanto um em cada cinco entrevistados sequer possui planos para se aposentar.
Índia
> O principal objetivo das empresas é aumentar a produtividade – e aquelas que oferecem benefícios têm maior sucesso. 68% das companhias que oferecem benefícios tiveram aumento na produtividade quando comparado com empresas que não os oferecem (57%). 75% dos trabalhadores indianos que não possuem produtos financeiros afirmam que não têm porque a empresa não os oferece.
México
> Mais de um terço dos trabalhadores não sabem quando se aposentarão. Entre os que sabem, esperam se aposentar aos 60 anos.
Reino Unido
> Em 2010, devido à crise financeira, menos trabalhadores citaram já terem atingido ou estarem prestes a atingir suas metas de poupança.

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