Sem mais desculpas

de Redação em 16 de dezembro de 2016
Como dar voz aos sentimentos dos colaboradores?

marcos-textoPor que – e como – o RH deve agir mais como o marketing? Esse é o título de um artigo publicado em novembro deste ano por uma grande revista global de negócios. A matéria traz algumas provocações interessantes para o profissional de RH no que se refere a como ele poderia ser mais efetivo, com um mindset mais próximo das competências de marketing. Alguns exemplos: competir pelos talentos como as empresas competem por clientes; prestar mais atenção às interfaces com os “usuários”, ou seja, não esquecer que ainda lidamos com gente, que quer se relacionar com gente; ser mais “humano” nas abordagens (assim como o marketing sempre buscou convencer, atrair, reter o cliente, com abordagens que o encantem e o façam ser fiel à marca ou produto, nossas abordagens em RH precisam sim ser mais humanas).
Essas são apenas três das provocações do artigo, mas o tema central é que atuar como marketing é, além de tudo, cuidar-se para não ficar obsoleto e preparar-se para o que ainda virá de demandas. O legal dessa história é que temos pouca ideia do que está por vir! Daí o tema da adaptabilidade às “demandas de mercado” ser uma das questões-chave para aquele profissional que deve, quer e tem condições de cuidar de sua carreira e, ao mesmo tempo, se preparar para desafios que ainda não existem.
Mas como fazer isso? Incorporando a máxima de que “aprendizagem é um esporte de contato”! Ou seja, essa preparação só acontecerá de forma efetiva por meio de um modelo colaborativo de aprendizagem. Networking, trabalhos em comunidade de aprendizagem, programas estruturados de construção de cases, discussões em grupos de afinidade (como, por exemplo, os grupos de estudos de gestores de RH) etc. Ah, e tudo isso dentro de um modelo de atuação “ágil”, ou seja, onde eu possa criar rapidamente, testar rapidamente, errar rapidamente, corrigir rapidamente e implementar rapidamente.
Obviamente, existem barreiras a esse novo modelo de pensar e agir, e que tentarão impedir o seu e o meu desenvolvimento. Mas, sinceramente, creio que são desculpas honestas, aquelas que, apesar de existirem e serem “honestas”, ainda assim são desculpas! Não sei qual o seu caso, mas a maior barreira que encontro, todos os dias, para o meu desenvolvimento sou eu mesmo, que “me dou” muitas desculpas honestas para não tentar, não fazer, não tomar o risco, não ir, não aprender, não me expor, não participar porque existem outras prioridades.
parte-marcosSe não olharmos de forma “santamente egoísta”, mas, ao mesmo tempo, generosa para nossa necessidade de desenvolvimento e preparação, jamais colocaremos isso como prioridade. Isso significa que, se seu propósito, como gestor de pessoas e guardião da execução da estratégia organizacional, é a efetividade das pessoas, ao buscar se desenvolver e se habilitar para enfrentar o desconhecido, de alguma forma você está se preparando para ajudar, apoiar e cuidar mais e melhor do seu principal ativo: gente! Você tem isso como prioridade e propósito? Se sim, as desculpas, mesmo que honestas, não o impedirão de desenvolver-se cada dia mais!

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