Gestão

Trabalhando na Copa

de em 16 de maio de 2014
Marília Camargo da Silva, voluntária de Transporte Copa do Mundo FIFA 2014
Marília Camargo da Silva, professora de Educação Física em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo e voluntária da Copa do Mundo FIFA 2014

A Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 movimentou todo o país, e a geração de empregos foi uma das mais contempladas. Só de voluntários a entidade recrutou aproximadamente 14 mil pessoas, que vão exercer as mais variadas funções, além de profissionais para preencher vagas temporárias nas áreas de segurança, alimentação, transportes, logística, eventos e hospitalidade. Empregos diretos e indiretos nos setores alimentício, de turismo, construção civil e de serviços também aqueceram a demanda de novos postos de trabalho e os amantes de futebol, além de contribuir com a realização do mundial, puderam encontrar diversas oportunidades de trabalho e serem remunerados por isso.

Todo esse processo demandou uma força tarefa para recrutar, treinar e administrar as vagas em todas as regiões do país. A ManpowerGroup, empresa especializada em gestão e contratação de pessoas, selecionou aproximadamente 2500 profissionais para atuarem no mundial. “Fechamos contratos com grandes empresas de bens de consumo em massa, que possuem marcas reconhecidas mundialmente e que são queridas pelas pessoas. Com forte cobertura nacional, nossos clientes possuem total confiança na terceirização da execução das suas ações estratégicas de campo nas 12 cidades que acontecerão os jogos”, explica Dorival Kulicheski, gerente da unidade de trade marketing do ManpowerGroup.

A empresa recrutou homens e mulheres maiores de 18 anos para as vagas operacionais como estoquistas, técnicos de TI, vendedores, operadores de caixa, promotores de venda e líderes como supervisores e coordenadores. Em cargos de liderança, a empresa exigiu o inglês como principal requisito e o espanhol – que será considerado um diferencial. “As exigências são simples, boa vontade e sorriso no rosto e atender muito bem a todos os torcedores e turistas. Queremos que o evento seja uma grande festa e que seja a Copa de todas as Copas”, completa Kulicheski.

Já a Fifa possui o Comitê Organizador Local (COL), que tem uma área de recursos humanos responsável pelo planejamento e execução das ações de RH, porém o órgão contou também com uma parceria de uma consultoria de recrutamento e seleção para a administração de vagas temporárias. Segundo informações fornecidas pela assessoria de imprensa da Fifa, a gestão de pessoas é compartilhada, com ações corporativas e ações personalizadas conforme a estratégia das áreas funcionais como, por exemplo, o Programa de Treinamento. “Conseguimos criar um ambiente de trabalho coeso e uma relação de grande respeito e colaboração com as sedes, o Governo Federal e a Fifa. Dentro do COL, conseguimos formar uma equipe de profissionais qualificados e, principalmente, comprometidos e entusiasmos em participar da organização da Copa do Mundo. É uma relação de cooperação entre seus integrantes para a realização de uma competição bem sucedida no Brasil”, explica a assessoria de imprensa do órgão.

Amor pela camisa
Para aqueles que veem o Mundial como uma oportunidade de ficar mais perto dos jogos e contribuir para o bom andamento do evento, a alternativa foi se voluntariar para as mais de 14 mil vagas disponibilizadas nas cidades sedes. O site oficial da Fifa abriu inscrições em setembro de 2013 para ás áreas de credenciamento, serviços administrativos, operações em aeroportos, serviços de alimentação, operações de estádios, serviços médicos, entre outros.

Após a inscrição, os voluntários passaram por diversas etapas de seleção e treinamentos, para que estivessem aptos a exercer as funções antes, durante e depois dos jogos. “Os treinamento estão sendo ministrados pelas equipes das sedes, somados aos cursos disponibilizados na plataforma de treinamento on-line e a gestão e o controle são feitos pelo Departamento de Voluntários. O conteúdo dos treinamentos foi elaborado pelos técnicos dos departamentos da Fifa e do COL“. Sobre os processos e o engajamento da equipe de voluntários a assessoria de imprensa da Fifa afirma ainda que: “Estamos todos muito comprometidos com as nossas entregas, a equipe é de alta performance e focada na operação. Existe um planejamento operacional que está sendo aperfeiçoado de acordo com o resultado de cada evento realizado. Formamos uma equipe de profissionais qualificados e, principalmente, comprometidos e entusiasmados em participar da organização da Copa do Mundo da Fifa”.

Prova desse comprometimento é o depoimento da voluntária Marília Camargo da Silva, professora de Educação Física em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo. Seu interesse em ser voluntária na Copa do Mundo partiu da motivação de fazer parte do evento e da história do mundial. Marília, que já tem experiência em ser voluntária em eventos esportivos, trabalhou nos jogos Pan e Para Panamericanos, ocorridos no Rio de Janeiro. Na Copa do Mundo, ela será voluntária da área de transportes. “Amo futebol e durante minha infância e adolescência fui atleta de futebol feminino, ou seja, o esporte está presente na minha vida desde muito cedo. Fui muito incentivada pelos meus pais a sempre praticar uma modalidade e essa vivência nos esportes foi o que me motivou a iniciar as atividades como voluntária”, relata a professora.

#L# Ela explicou à MELHOR que realizou o cadastro pelo site oficial da Fifa e, após algum tempo, o órgão entrou em contato para a primeira fase da seleção, que foi uma dinâmica de grupo. Segundo Marília, “a dinâmica elaborada pelo Comitê Organizador Local foi uma atividade em que tínhamos de criar uma seleção (mascote, escudo, nome etc)”, lembra. “Após a criação, nos foi entregue um desafio tático e tínhamos de propor ideias para nossa equipe vencesse. Aprovada nessa fase, fiz um treinamento geral on-line, ainda sem saber em que área atuaria. Após esse treinamento, fomos alocados em nossas funções e o último passo até o momento foi a realização de um treinamento específico por área, também on-line. Estamos aguardando a última etapa, que é o encontro dos voluntários no estádio e o último treinamento, que será presencial.”

Trabalhando em duas escolas (municipal e estadual) da cidade de Santa Bárbara D’Oeste, a professora relata que a atividade voluntária não influenciará na sua rotina de trabalho. “As duas escolas, desde o ano passado, quando fui voluntária na Copa das Confederações, me apoiaram e incentivaram a minha participação. Neste ano, não terei dificuldades no emprego, pois, no período da Copa, as escolas estarão de férias”. Ela relata ainda que além da emoção de fazer parte da história do evento diz que “a torcida, é claro, vai toda para o Brasil!”

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