Como gerenciar conflitos de gerações

de Redação em 21 de setembro de 2017

Nunca o conflito entre colaboradores nas empresas foi tão intenso como atualmente, quando até cinco gerações estão atuando simultaneamente no mesmo espaço corporativo. Idades, perspectivas, aspirações e visão de mundo tão diferentes podem afetar não apenas o clima corporativo, como comprometer os resultados de uma empresa, como mostra pesquisa realizada pela consultoria norte-americana VitalSmarts com mais de 1.300 gestores. A pesquisa concluiu que pelo menos cinco horas de trabalho por semana são desperdiçadas em razão das diferenças que envolvem faixas etárias distintas. Esse tempo gasto representa uma perda de 12% no faturamento dos negócios. Mas é possível minimizar este conflito e até tirar proveito da situação, segundo Pollyana Dias Silva, diretora de RH e gestora de treinamento da rede de escolas de informática e inglês Microcamp.

Pollyana Dias Silva“Independentemente da geração do profissional, o objetivo principal de uma empresa é obter lucro, por isso é importante trabalhar a tolerância, o respeito e a capacidade de atuar em equipe”, ressalta Pollyana, que está à frente de um projeto que prepara jovens da geração Y na área comportamental para o mercado de trabalho e dá outras dicas de como manter um ambiente harmonioso e produtivo numa empresa, a despeito das disparidades de seus colaboradores.

1. Mantenha um bom relacionamento com os colaboradores
“Se o objetivo é a boa convivência no ambiente de trabalho, o exemplo deve vir do líder”, observa Pollyana. “Ele deve promover a integração e a diversidade, ter atitudes positivas de forma a engajar o grupo e trazer resultados positivos para a empresa”.

2. Desperte o espírito de tolerância
Há pessoas que são adeptas a métodos tradicionais, que seguem manuais; outras preferem ferramentas mais detalhadas de forma tecnológica e outras simplesmente diversificam várias ferramentas simultaneamente. “O maior desafio de um líder é criar um ambiente em que o espírito de tolerância prevaleça e que todos conheçam e respeitem o processo de evolução de uma geração para outra e entendam que um pode completar o outro”, sugere a consultora.

3. Entenda o comportamento e os objetivos de cada geração
De acordo com a especialista, é preciso valorizar o conhecimento, a experiência e as competências de cada membro da equipe, mostrando como cada um fortalece o conjunto. “Só assim o líder vai poder elaborar estratégias que estimulem cada colaborador a buscar o aprimoramento e crescimento profissional.”

4. Invista em treinamentos comportamentais
A maior dificuldade dos jovens atualmente é a falta de qualificação comportamental. Por isso, conforme Pollyana, é importante promover o desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores por meio de palestras e treinamentos onde se propõe a discussão de temas pertinentes com o mercado profissional. “Temas como persuasão, negociação, comunicação assertiva, escuta ativa e inteligência emocional, projeto de vida, habilidades vencedoras, marketing pessoal, comportamento profissional, criatividade e inovação, são bastante adequados”, enumera a gestora. “Além disso, promova dinâmicas de grupo, trabalhe com ferramentas como coaching e teambuilding (construção de equipe) que podem ajudar bastante, pois essas iniciativas favorecem o estreitamento das relações, minimizam a possibilidade de conflito entre gerações e consequentemente melhoram o desempenho e a produtividade”, complementa.

5. Estimule a troca de experiência
“As pessoas precisam entender que nenhum profissional possui todas as competências necessárias a todos os seus processos; e que a evolução profissional depende do aprendizado, que por sua vez depende da troca de experiências. Uma geração aprende com a outra. Tire os colaboradores de sua zona de conforto. As gerações anteriores, naturalmente mais conservadoras, precisam entender que os mais novos são mais inovadores, têm mais energia, motivação e habilidade para lidar com o novo. Já as gerações mais novas precisam aprender a controlar a ansiedade, a atingir o equilíbrio e aprender com a sobriedade dos mais velhos, têm se colocar no lugar do outro.

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