Gestão

5 passos para conquistar uma empresa com boas práticas de gestão de pessoas

de Rubia Martins em 7 de fevereiro de 2018
Rubia Martins
Rubia Martins é especialista em RH da VoxAge Serviços Interativos

Atualmente, as empresas estão cientes da importância de ter colaboradores motivados e alinhados à sua cultura, reconhecendo que o capital humano é o recurso mais importante de qualquer organização. Sem as pessoas, o conhecimento e a habilidade que elas possuem, nenhuma empresa consegue atingir seus objetivos, sejam eles reconhecimento da marca, penetração no mercado, excelência no atendimento ou lucratividade.

Em empresas de tecnologia, essa realidade se mostra ainda mais contundente, uma vez que, ao prestar um serviço aos seus clientes, a organização conta diretamente com o desempenho de seus colaboradores e está sujeita tanto a erros quanto acertos. Por isso, é essencial uma excelente gestão de pessoas para garantir que o serviço prestado seja o que o cliente deseja. Confira algumas dicas de uma empresa conquista estas boas práticas:

1. Escutar o que os colaboradores têm a dizer.
Muitas empresas caem no erro de ouvir o que os colaboradores dizem, mas não escutarem atentamente o discurso deles. Uma pesquisa de clima feita somente como um mero processo, sem análise nem encaminhamento adequado das reivindicações dos colaboradores, coloca não somente a própria pesquisa em descrédito como a gestão da empresa como um todo.

Ou então, uma empresa que esteja ciente dos problemas e sugestões dos colaboradores, mas não traduz tais conversas em meios oficiais de comunicação pela empresa, acaba gerando a famosa “rádio-peão”, que dissemina boatos e fofocas, mas não os posicionamentos da organização.

Uma gestão de pessoas eficiente começa escutando. Com a escuta ativa dos colaboradores, a gestão encontra soluções que estão alinhadas com a forma de pensar da equipe e, consequentemente, o sucesso na resolução destes possíveis conflitos e problemas se dá de forma ágil e eficaz.

2. Prometer o que pode ser cumprido. E cumprir.
A base de qualquer relacionamento é a confiança – isso vale para nossa vida pessoal, mas também para a relação colaborador-empresa. É comum, quando um colaborador ou equipe reivindicam alguma coisa, a gestão da empresa se sentir pressionada e prometer que resolverá aquela situação, sem refletir e planejar. No entanto, na hora de cumprir com o que foi prometido, a gestão se vê diante de uma série de riscos e dificuldades e percebe que não irá conseguir arcar com aquela solução prometida e simplesmente não a faz. Isso causa no colaborador e na equipe uma sensação de desconfiança, o que aumenta ainda mais a insatisfação.

A gestão deve prometer o que pode ser cumprido. Não há problemas em se dizer “não” a uma solicitação: basta explicar com argumentos objetivos, fatos, números e exemplos. É melhor dizer um “não” bem embasado do que prometer e não cumprir.

3. Oferecer canais de comunicação claros e transparentes.
Temos uma questão cultural em nosso país que diz respeito a uma história de exploração pelos “mais ricos, mais fortes ou mais poderosos”, além da própria lei de Gerson (sempre todos querem levar vantagem, certo?!), que até hoje algumas pessoas trazem enraizadas em seu modo de ver o mundo. Desta forma, uma grande parte dos colaboradores entende que a empresa e/ou seu gestor irá explorá-la ou prejudicá-la de alguma forma.

Uma boa gestão de pessoas precisa ser constituída com uma comunicação clara e transparente aos colaboradores, de forma que garanta a divulgação de informações verídicas e reais sobre fatos que afetem suas vidas. Podemos citar como exemplo algumas empresas que divulgam os resultados obtidos no ano, lucros, prejuízos, perdas, empréstimos e assim por diante.
Isso garante que os colaboradores sintam-se confortáveis com as estratégias da empresa e sintam que sua gestão está sendo honesta.

4. Garantir uniformidade nas práticas de gestão.
Para que uma boa gestão de pessoas seja feita, é preciso haver uniformidade nas práticas e nos discursos. Podemos citar como exemplo: faixas salariais serem coerentes entre os cargos e entre os níveis de uma empresa, assim como os benefícios; as avaliações de desempenho devem ser realizadas de forma objetiva e justa entre as equipes, a fim de evitar a sensação de que uma determinada equipe é privilegiada em detrimento de outra; todos os gestores terem o discurso alinhado e ajustado, em que todos falem a mesma coisa; e assim por diante. Incongruência gera divisão: os colaboradores começar a “defender um lado”, gerando conflitos e um clima não amistoso.

5. Gestão de desempenho imparcial e eficiente.
Ninguém gosta de receber uma crítica destrutiva, assim como ninguém gosta de não poder argumentar ou justificar alguma atividade errada que tenha feito. Se a gestão da empresa faz avaliações de desempenho baseadas em “achismos” de gestores, e não fatos, a desmotivação dos colaboradores é certa.

A gestão precisa estabelecer um mecanismo de avaliação de desempenho que considere fatos, exemplos, métricas, indicadores e números, tornando o processo imparcial e estruturado, auxiliando, de fato, o colaborador a alcançar performances melhores. Ele só irá atingir o nível acima se realmente compreender onde deve melhorar e esta compreensão só virá se ele não se sentir julgado, nem ameaçado.

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