Saúde

Ainda falta investimento na saúde mental dos colaboradores

Pesquisa realizada pela Kenoby mostrou a falta de recursos para área de saúde mental dentro das empresas

de Paolla Yoshie em 20 de maio de 2021

A saúde mental é um tema que está em alta dentro das organizações e tem se intensificado com a pandemia. O isolamento social trouxe a tona a preocupação com a saúde e bem estar dos colaboradores, por estar mais expostos a questões de ansiedade, luto, depressão, desgastes psicológicos, alta demanda e entre outros. 

Área dedicada

“A pandemia acabou favorecendo esse início de mudança e acendeu uma luz de alerta, principalmente em tempos de trabalho híbrido. Sabemos que as pessoas estão adoecendo mentalmente, quando não fisicamente, e a prova disso é o aumento na busca por psicólogos e psicanalistas via telemedicina”, explica Felipe Sobral, Diretor de Marketing da Kenoby.

Uma pesquisa realizada pela Startup de recrutamento e seleção Kenoby, com mais de 488 profissionais de RH de empresas brasileiras, entre fevereiro e março deste ano,  constatou que 59,9% das empresas têm prioridade em contratar uma pessoa ou criar um departamento de saúde mental, mas apenas 28,9% possuem uma área ou pessoa dedicada ao tema. 

Olhar da empresa

Outro ponto evidenciado pelo levantamento foi que 93% disseram que falta um olhar das empresas, no geral, para a saúde mental da equipe, pois 67,4% alegaram que a maior parte dos afastamentos foram por algum problema emocional.

A saúde psicológica impacta diretamente no empenho do colaborador, ocorrendo falta de engajamento ou até mesmo o aumento de turnover. 19,1% dos pesquisados disseram que a falta de diálogo da liderança afeta em problemas mentais e 18,9% acreditam ser assédio moral e constrangimentos.

Tabu

Muitas culturas organizacionais estão mudando a forma de interação com o colaborador, mas a saúde mental ainda é considerada um tabu pela sociedade, muitas pessoas não buscam tratamento por não ter conhecimento do problema. 

 “Para que os programas de saúde mental sejam efetivos, a mudança deve ocorrer, primeiro, na estrutura do modelo de trabalho e na cultura. As empresas estão sim preocupadas com o tempo que os colaboradores passam no computador, se estão almoçando ou não, fazendo pausas de descanso. A escuta, sem fazer juízo de valor, é importante para entender o que pode ser melhorado, facilitado. Trazer esse assunto para liderança, é o primeiro passo”, diz Sobral. 

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