Apesar do movimento de volta à rotina nas cidades brasileiras que está ocorrendo lentamente, ainda há preocupação das empresas em como retornar da maneira mais segura possível. Parte delas ainda estuda o modelo de trabalho, que tende a ser mais flexível incluindo dias em casa e outros presenciais.
“Naturalmente, a principal preocupação de muitos empresários e gestores é a reabertura. O cronograma e o escopo para que a força de trabalho volte ao escritório pode variar drasticamente de empresa para empresa. O importante é lembrar que, em todos os casos, não será apenas uma questão de abrir as portas e deixar todos retornarem”, observa Maria Eduarda Silveira, gerente de recrutamento da Robert Half.
Para ela, uma abordagem cuidadosa e planejada para garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de todos é o que fará a diferença neste momento e pode colaborar para aumentar a motivação e a lealdade dos colaboradores.
Enquanto o novo normal não se estabelece definitivamente, os profissionais em home office buscam formas de minimizar os impactos da quarentena — já que, de acordo com os dados da 12ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), 37% dos profissionais notaram piora na saúde mental e bem-estar durante o período da quarentena.
Metade dos profissionais entrevistado têm buscado alternativas on-line. A atividade física aparece como a principal (70%), seguida por meditação e mindfulness (25%) e terapia online (22%).
Para apoiar os colaboradores neste sentido, as principais medidas adotadas
pelas empresas foram:
1º – O uso de videoconferência para permitir que a alta administração transmita empatia e confiança aos funcionários.
2º – Desencorajar ou limitar horas extras para que os colaboradores possam manter um bom gerenciamento da vida pessoal-profissional.
3º – Benefícios para a saúde física e mental (por exemplo: bem-estar no local de trabalho, parcerias com academias ou academia própria, aulas de yoga, programas de mindfulness e resiliência).
4º – Oferecer oportunidades adicionais de treinamento voltadas ao desenvolvimento pessoal ou profissional.
5º- Oferecer aconselhamento confidencial.
Mas nem todos os profissionais em home office se sentem prejudicados pelo isolamento. Segundo o ICRH, 33% dos entrevistados não perceberam diferença e os demais (11%) até sentiram uma melhora.