Aprendendo com as diferenças

de Eliana Dutra em 17 de janeiro de 2018
Eliana Dutra é CEO da ProFitCoach e primeira Master Coach Certified pela ICF da América do Sul

Eliana Dutra é CEO da ProFitCoach, Master Coach Certified pela ICF e Coordenadora do Grupo Nikaia

Com certeza você já ouviu o velho ditado “Faça com o outro o que você gostaria que fizessem com você”. De fato, esse é um bom conselho. Contudo, ele deixa de fora um detalhe importante: cada pessoa tem uma maneira de ser, de agir e viver. Enfim, as pessoas possuem sensibilidades diferentes.

Como no mundo corporativo trabalhamos com equipes, chefes, enfim com pessoas, temos que olhar para elas como são, ou seja, diferentes de nós. Afinal, cada um possui uma vivência, realidade de vida, de família e de experiência distintas. Sem falar que o nível de estresse nas situações que cada indivíduo suporta também varia, coisas que para você podem ser irrelevantes, para o outro são graves. Exemplo dramático disso são alguns casos de assédio. Um chefe pode chamar a atenção de um funcionário da mesma forma que seu pai chamava sua atenção e por isso “normal” para ele, enquanto um membro da equipe pode considerar isso uma atitude abusiva e intencional de assédio.

Logo, para que o convívio seja harmônico, saudável e contribua para a produtividade do trabalho, primeiro deve-se baixar a guarda e aprender a ouvir melhor, e não só o que o próximo tem a dizer. É preciso ouvir além das palavras. Como? Analise o comportamento do outro, os seus valores, como se relaciona etc. Você verá que a partir desse movimento de não tentar generalizar os comportamentos, as suas relações no ambiente corporativo se darão de maneira mais positiva.

Mas, o que acontece quando você começa a fazer a sua parte e compreende as outras pessoas com suas respectivas singularidades, mas não se sente compreendido? É aqui que muitos cometem uma falha grave: sofrem calados ou pior apenas reclamam com terceiros. O resultado? Assumem o papel de vítima e impedem que as outras pessoas mudem o que não lhes agrada.

Para transformar essa realidade é preciso não só dizer o que lhe incomoda, seja uma situação ou comportamento, mas também a aprender a solicitar o que você quer. Uma vez um funcionário altamente comprometido e que batia todas as suas metas não se sentia reconhecido pelo chefe, pois nunca era elogiado. O que ele fez? Conversou com o superior e explicou que ele ficava mais motivado quando recebia elogios pelo trabalho bem feito. Resultado: o chefe prontamente o parabenizou. Viu? Se você não tomar a iniciativa para entender o próximo e para se posicionar sobre aquilo que o incomoda, nunca haverá uma mudança real e será apenas mais um “reclamão”. É preciso sair de uma vez por todas do papel de vítima.

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