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Como superar o problema da falta de objetividade e concisão nas empresas?

Em entrevista para a LG lugar de gente, Normann Kestenbaum, professor da FIA, fala sobre o tema de sua palestra no CONARH 2018

de Redação em 6 de agosto de 2018
Normann Kestenbaum, Professor da FIA e sócio-diretor da Baumon

Você já sentiu que diante de tantas atividades, reuniões e compromissos dentro da empresa, sua capacidade de raciocínio é afetada? Na área de RH, esse é um dos grandes desafios da atualidade: como criar condições para que as pessoas exerçam, de fato, os talentos pelos quais elas foram contratadas?

É sobre esse assunto que Normann Kestenbaum, professor de Comunicação Corporativa no MBA da FIA e sócio-diretor da Baumon, além de escritor do livro “Obrigado pela informação que você não me deu”, palestrará no 44º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (CONARH).

Normann Kestenbaum, Professor da FIA e sócio-diretor da Baumon

Kestenbaum desenvolveu uma alternativa baseada na metodologia de concisão e objetividade e na sua experiência ao longo de mais de 20 anos auxiliando a alta direção de empresas como Whirlpool, Organizações Globo, Grupo Abril, Pepsico e muitas outras.

Hoje, dentro da série de entrevistas realizadas pela LG lugar de gente com palestrantes do congresso, entenda um pouco mais sobre o que esperar desse tema.

1. O que representa “O poder do suficiente” e como implantar essa metodologia nas empresas?

Kestenbaum: Ter a competência de lidar com qualquer situação com o mínimo de conteúdo necessário se tornou um diferencial competitivo, já que poucos ainda estão alinhados com essa nova realidade. E isso acontece porque a velocidade da expectativa por concisão e objetividade está avançando a passos largos, muito mais rápido do que a conscientização dos ofertantes de informação. Isso quer dizer que, cada vez mais, as empresas buscam por informações relevantes e rápidas para tomar decisões, mas a oferta desses dados ainda não ocorre na velocidade e qualidade esperados.

Esse contexto abre um espaço interessante para a área de RH se apropriar e capturar valor perante toda a organização. O efeito principal de um programa voltado para esse fim é dar espaço para que os colaboradores tenham um ambiente mais propício para que exerçam seus talentos. Faz todo sentido pesquisar candidatos e selecionar bem, mas se o entorno da empresa não oferece condições para que esses talentos sejam exercidos, a tarefa fica incompleta. É o famoso “morrer na praia”.

2. Como superar o problema da falta de objetividade e concisão nas empresas?

Kestenbaum: Há uma herança cultural que leva as pessoas a terem dificuldades em ser sucintas e objetivas em seus argumentos, exposição de ideias e projetos. Fomos educados em um contexto no qual quantidade era entendida como sinal de qualidade e isso caiu por terra. Esforço não é mais entendido como resultado. É um meio, um caminho.

Além disso, éramos narrativos, descrevíamos a trilha para chegar à conclusão só no final. Hoje se começa pelo fim da trilha, a conclusão, e explica-se a lógica da mesma e não como se chegou nela. Estamos migrando da exposição indutiva para a dedutiva.

É extremamente comum equipes inundarem seus líderes com dezenas e dezenas de slides. O líder fica, então, limitado a reordenar dados e informações, o que gera desperdício de tempo. Nesse sentido, o colaborador deve refletir sobre os pontos mais importantes para, então, apresentá-los. No caso mencionado, por exemplo, o líder deveria receber poucos slides e com antecedência de alguns dias, para que possa refletir e aprimorar o conteúdo. É somente neste contexto, o da reflexão, que estará exercendo seu talento.

3. O que a área de RH pode fazer para superar esse problema?

Kestenbaum: Imagine um head de RH que precisa diariamente aprovar seus projetos com a alta direção. Ao invés de descrever o projeto ele deverá tangibilizar os efeitos positivos de suas propostas nos negócios da empresa. Esse é o único caminho que despertará a atenção em um Conselho. Aumento de folha, redução de quadro e similares não fazem ninguém sacudir na cadeira. O desafio é maior para áreas, como o RH, vistas tradicionalmente como áreas de apoio.

No entanto, o RH também trabalha constantemente com temas delicados, que envolvem os sentimentos de seus colaboradores. Nesse caso, quando sentimentos e emoções estão envolvidos, não cabe ser conciso e objetivo, e sim ter sensibilidade e encontrar a linha de conduta mais adequada.

Quer saber mais sobre como tornar-se mais objetivo e conciso em suas argumentações? Participe da palestra de Normann Kestenbaum no CONARH.

“Vou ajudar os participantes a perder todo e qualquer medo de concisão, compartilhando o cotidiano da minha empresa. Vou mostrar que concisão com qualidade e objetividade resultam realmente em poder. Vou mostrar que não usamos PowerPoint há muito tempo e que se pode resolver bem temas envolvendo altas cifras com uma única folha.

Vou reforçar a credibilidade da minha mensagem com exemplos de Jeff Bezos, que eliminou o PowerPoint dos Comitês Executivos, e de Jeff Immelt, que não permite mais que um slide em qualquer exposição, entre outros.
Enfim, quero provar que longos relatórios, apresentações sem fim e demandar muito tempo dos interlocutores são formas ultrapassadas de convencimento”.

Além de aprender mais sobre o poder do suficiente na palestra de Kestenbaum, aproveite para visitar o estande da LG lugar de gente no CONARH 2018.

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