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Contrate os melhores profissionais em seis etapas

Por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half

de Redação em 30 de novembro de 2018

Por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half

O Brasil é o país onde os empregadores mais têm dificuldade para encontrar profissionais qualificados, conforme aponta um estudo da Robert Half. Diante desse cenário, imagine a frustração de entrevistar um candidato de muito talento e, tempos depois, ao fazer a proposta final, descobrir que o perdeu para o mercado? Saiba que 84,7% dos candidatos já desistiram do emprego dos sonhos e optaram pela proposta que estava em segundo lugar na lista de prioridades porque o primeiro processo demorou mais para ser concluído. 

Independentemente dos avanços da tecnologia, o sucesso de uma organização segue diretamente relacionado à qualidade dos membros de sua equipe. Por essa razão, é fundamental ter atenção a todo o ciclo do profissional dentro da companhia, e isso inclui entender o processo de recrutamento como uma ação estratégica para os negócios.

Seja qual for o porte da sua empresa ou o setor de atuação, acredito que um recrutamento eficiente deve passar por seis etapas:

Defina o modelo de contratação mais adequado: às vezes não é preciso inflar o quadro de colaboradores permanentes em virtude de uma ação pontual que tem data para início e término, como implantação de sistemas, suprir picos de demandas ou substituir profissionais-chave que tiveram que se ausentar em caráter programado ou emergencial. Em muitos casos, o mais adequado é considerar a contratação de uma mão de obra temporária. E não estou referindo-me apenas a funções operacionais. Esse modelo de contratação é viável, inclusive, para cargos mais estratégicos, que vão de analista a diretor.

Encontre bons candidatos: para funções mais estratégicas, um processo de seleção completo deve contemplar profissionais que estão disponíveis no mercado e aqueles que não estão em busca de movimentação, porém possuem qualificações atrativas para a vaga.

Faça boas entrevistas: certifique-se de estruturar um processo completo de entrevistas e avaliações para identificar as habilidades técnicas e comportamentais desejadas. Porém, tenha atenção para não estressar o candidato. Uma das principais frustrações dos profissionais que buscam uma oportunidade está relacionada às muitas rodadas de entrevista com o mesmo empregador.

Cheque referências: nada como um antigo gestor ou parceiro de trabalho do candidato para uma visão mais ampla sobre o perfil e desempenho desse profissional. O esforço é válido, se você considerar que uma contratação equivocada gera prejuízos financeiros e de tempo a toda organização. E, muito importante: não limite-se apenas aos nomes de referências indicados pelo candidato.

Faça a oferta: diante de um candidato de talento, não demore a fazer a proposta final, tendo em mente que rapidez não significa pular etapas. De acordo com pesquisa da Robert Half, 65% dos candidatos a uma vaga de emprego consideram que um processo de recrutamento deve durar entre uma ou duas semanas apenas. Após esse prazo, eles já pensariam em desistir da oportunidade. Certifique-se, também, de que sua oferta de salário e benefícios está compatível com as práticas do mercado. Em caso de profissionais que estejam empregados, é importante verificar qual é o posicionamento dele, caso o atual empregador lance mão da contraproposta, recurso que acredito ser prejudicial para todos os envolvidos.

Prepare-se para receber o novo colaborador: o candidato aceitou a proposta? Então é hora de fazer com que ele se sinta parte da equipe! Certifique-se de ele tenha à disposição: equipamentos necessários para o desenvolvimento do trabalho; endereço de e-mail; e benefícios acordados no momento da contratação. Não esqueça de apresentá-lo à equipe e às instalações da empresa, além de delegar a um profissional do time a função de integrá-lo aos demais colegas.

Não estamos em tempo de perder bons profissionais para processos longos ou inadequados!

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