Gestão

Dicas que podem salvar sua gestão de um naufrágio

de Redação em 11 de abril de 2019
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Se você é aquele tipo de gestor obcecado por resultados, acompanha planilhas constantemente, adora observar gráficos e não abre mão de metas ambiciosas, então está na hora de refletir um pouco mais sobre a sua relação com a equipe. Pode ser que esse modelo de gestão que você tanto acredita talvez não seja a melhor estratégia de liderança para compartilhar com seus colaboradores.

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“As demandas para cargos de média e alta gerência vêm crescendo e o foco em resultados continua sendo altamente cobrado. Mas a busca incessante por metas e a falta de tato com os colaboradores podem resultar em problemas para a equipe ou mesmo na queda de um líder em potencial.

O resultado para empresa? Custos em excesso e trabalho para treinar e realocar uma nova liderança. Hoje um líder deve ser inspirador, ter habilidade nas relações humanas, saber quando desacelerar os processos em prol da saúde mental e física de seus profissionais”, explica Ricardo Basaglia, diretor-geral da Michael Page.

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De acordo com o executivo, há um estudo das companhias Kronos Incorporated e Future Workplace apontando que 95% das causas de alta rotatividade nas organizações é o excesso de trabalho e a exaustão. “Das dez qualidades vistas num líder, pelo menos seis têm ligação com relações humanas, como escutar, saber dar um feedback ou a capacidade de delegar funções sem sobrecarregar os colaboradores”, completa.

Veja abaixo cinco dicas elaboradas pelo consultor que podem engajar e ajudar líderes a atingir o potencial máximo de seus colaboradores e equipe.

Peça feedback
Pergunte como está o balanceamento entre resultado e foco em pessoas. Você pode perguntar, por exemplo, “o que eu posso fazer para demonstrar que eu aprecio o seu trabalho”?

Identifique formas de se conectar com sua equipe
Desenvolva práticas e implemente-as como conversas regulares sobre plano de carreira com os colaboradores, agende coffee breaks para conhecer melhor sua equipe, mesmo que seja fora do expediente e sem caráter profissional. O mais importante é que esses esforços sejam genuínos e naturais.

Tire um tempo para reflexão
Repare em tempo real quanto você está sendo impaciente ou indo rápido demais sem considerar a velocidade dos demais colaboradores. Isso fará de você um líder mais presente, além de cuidar da sua própria saúde mental. Pergunte a si mesmo “o que eu estou tentando evitar”? ou “qual é o meu grande medo em diminuir um pouco a velocidade dos processos”?

Monitore a si mesmo
Ser um grande líder requer uma pausa para refletir e escolher uma abordagem diferente. Isso pode significar simplesmente não enviar um e-mail nos finais de semana ou feriados falando sobre seu grande projeto, mas também o reconhecimento de uma grande conquista ou mesmo um serviço diário, que mesmo trivial, foi bem executado por um colega de trabalho.

Compartilhe conhecimento com a sua equipe
Interrompa sua rotina, sempre que possível, para compartilhar conhecimento ou ensinar algo novo para sua equipe. Certamente a troca de informações será enriquecedora e a partir de uma simples conversa, novos projetos inovadores podem começar. Esteja aberto para escutar também o que os colaboradores podem ensinar.

“O alto nível de eficiência e cobrança de um líder em sua equipe acaba tirando o foco nos indivíduos. Com os líderes preterindo a construção de relacionamentos saudáveis, acabam deixando de ser uma inspiração para sua equipe. Eles acabam não demonstrando empatia e alienando grandes potenciais criativos. Ser altamente focado em resultados e perseguir metas é importante para qualquer líder, mas sem uma balança equilibrada entre metas e relações humanas o sucesso certamente será limitado e nunca atingirá seu potencial máximo”, finaliza Basaglia.

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