Empregadores brasileiros relatam intenções de contratação positivas

de Redação em 19 de setembro de 2017

As perspectivas de contratação cresceram 8 pontos percentuais
pelo segundo trimestre consecutivo

O ManpowerGroup, companhia especializada em soluções inovadoras para contratação e gestão de pessoas, anuncia os resultados da pesquisa trimestral de Perspectiva de Emprego (ManpowerGroup Employment Outlook Survey) para o quarto trimestre de 2017. O estudo entrevistou 850 empregadores no Brasil e 59.049 profissionais em 43 países e territórios.

A pesquisa mostra que as intenções de contratação para o quarto trimestre do ano (outubro a dezembro/2017), apresentaram um crescimento de 1% no Brasil, uma vez que as variações sazonais são removidas do levantamento. Os planos de contratação permanecem inalterados em relação ao trimestre anterior e cresceram 8 pontos percentuais se comparado com o mesmo período do ano passado. A pesquisa revela que no Brasil 12% dos empregadores preveem aumentar o quadro de funcionários nos próximos três meses enquanto 69% não preveem mudanças em sua força de trabalho atual.

“O resultado da pesquisa reflete uma estabilidade na situação de empregabilidade no Brasil e um notável crescimento quando comparado com o levantamento do ano passado. Estes são os melhores indicadores desde o segundo trimestre de 2015. A boa notícia foi o início da recuperação do setor de Construção, que, apesar de ainda estar negativo, com -6%, foi o que mais se fortaleceu no trimestre com crescimento de 10 pontos percentuais”, destaca Nilson Pereira, CEO do ManpowerGroup no Brasil.

“A crise econômica fez com que a maioria das empresas repensasse suas estratégias de RH e já estamos percebendo sinais que indicam que os profissionais que estavam sem emprego estão retornando ao mercado de trabalho gradualmente. A dinâmica do mercado sinaliza mudanças no perfil profissional exigido pelas companhias. Além disso, os grandes volumes de contratação não ocorrerão em curto prazo, pois as empresas utiliza inicialmente sua capacidade ociosa atual”, comenta Pereira.

Comparação por setores
Os níveis de contratação têm expectativa de crescimento em seis dos oito setores da indústria durante o quarto trimestre de 2017. As perspectivas se fortaleceram em quatro setores em relação ao trimestre anterior, enquanto empregadores relataram uma melhora nas perspectivas de contratação em todos os oito setores quando comparado com o mesmo período do ano passado.

O mais forte segmento industrial é o setor de Comércio Atacadista & Varejista, com 11%, indicador mais otimista dos últimos três anos. Este índice representa crescimento de 7 e 17 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, respectivamente.

As piores perspectivas foram reportadas junto aos empregadores do setor de  Transportes & Serviços, com -7%, apresentando um aumento de 2 pontos percentuais quando comparado com o trimestre anterior e crescimento de 3 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano passado.

Comparações regionais
A pesquisa apresentou perspectivas de contratação positiva em quatro das cinco regiões durante o 4º trimestre de 2017. Comparando com o trimestre anterior, a pesquisa indicou crescimento em três regiões, enquanto os empregadores relataram melhores perspectivas de contratação em todas as cinco regiões em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os empregadores da cidade de São Paulo reportaram o melhor indicador, com 5%, crescimento de 5 pontos percentuais comparando com o trimestre anterior e 16 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Os piores indicadores foram relatados no estado do Rio de Janeiro, com 0%, crescimento de 1 ponto percentual em relação ao levantamento anterior e dez pontos percentuais comparando com o mesmo período do ano passado.

A Grande São Paulo apresentou um indicador de 4%, queda de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e aumento de 7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2016. O estado de Minas Gerais teve +3, aumento de 10 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 13 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Já o estado do Paraná teve um indicador de 1, mesmo indicador do trimestre anterior, mas crescendo 3 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Comparação por tamanho de organização
Os empregadores participantes são categorizados em quatro tamanhos de organização. Microempresas com menos de 10 funcionários; pequenas empresas têm entre 10 e 49 profissionais; empresas médias, entre 50 a 249 empregados e grandes empresas com mais de 250 pessoas.

Empregadores têm expectativa de recuperação em três das quatro categorias de tamanho da organização durante o próximo trimestre. As grandes empresas reportaram os mais fortes planos de contratação com 12%, mas os empregadores das pequenas empresas continuam refletindo um clima de incerteza, com previsão de contratação de -1%.

Comparações internacionais
As previsões para o quarto trimestre são positivas para empregadores de 42 dos 43 países e territórios, com expectativa de crescimento da força de trabalho com margens variáveis para os próximos três meses. Somente os empregadores da Suíça preveem um ritmo de contratação de 0% para o trimestre. Como resultado, pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2008, resultante da recessão global, não temos nenhum país com indicador negativo.

Quando comparado com o 3º trimestre, as perspectivas melhoraram em 23 dos 43 países e territórios, diminuíram em 13 e não sofreram mudanças em sete. Se compararmos com o mesmo período do ano passado, os planos de contratação se fortaleceram em 25 dos 43 países pesquisados, caíram em 15 e não sofreram alterações em três. Os indicadores mais otimistas foram relatados no Japão, Taiwan, Costa Rica, Índia e Hungria. Os planos de contratação mais fracos foram reportados na Suíça, Brasil e República Tcheca.

EMEA (Europa, Oriente Médio e África): Dos 25 países da região, os empregadores têm expectativa de crescer em 24, já que os profissionais da Suíça não apresentam um ambiente de contratação positivo, com 0%. As intenções se fortaleceram em 13 países quando comparadas com o terceiro trimestre, se enfraqueceram em nove e permaneceram inalteradas em três. Na comparação ano a ano, os empregadores de 15 países melhoraram as expectativas, oito esperaram um nível de contratação mais lento, enquanto as previsões não se alteraram em dois. Pelo segundo trimestre consecutivo, empregadores da Hungria reportaram a previsão mais forte. Os empregadores suíços reportaram os planos de contratação mais fracos.

ÁSIA PACÍFICO – O crescimento da previsão de contratação é previsto em todos os oito países da região. Comparando com o trimestre anterior, as perspectivas cresceram em cinco, diminuíram em dois e permanecem inalteradas em um. Quando comparado com o 4º trimestre de 2016, as previsões se fortaleceram em quatro, diminuíram em três e permaneceram inalteradas em um. Empregadores do Japão e de Taiwan reportaram as expectativas mais fortes enquanto o pior cenário foi reportado na China.

AMERICAS: Empregadores de todos os 10 países da região têm expectativa de crescer os níveis de contratação em vários níveis no 4º trimestre do ano. As perspectivas melhoraram em cinco países em relação ao trimestre anterior, se enfraqueceram em dois e não se alteraram em três. Na comparação com o ano passado, a confiança na contratação foi apresentada em seis países, mas ficou mais enfraquecida em quatro. Empregadores da Costa Rica e dos Estados Unidos reportaram os melhores planos de contratação para o trimestre. O clima de contratação mais fraco é apresentado no Brasil. Os empregadores apresentaram um indicador moderado, com planos de contratação positivo pelo segundo trimestre consecutivo, após mais de dois anos com previsões negativas.

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