Empresas brasileiras alteram dinâmica das pesquisas de engajamento

Estudo da Willis Towers Watson aponta que pesquisas menores e mais frequentes (Pulse Survey) são utilizadas por 25% das companhias entrevistadas. Tendência é que esse número cresça devido a mudanças comportamentais

de Redação em 27 de fevereiro de 2018

Manter funcionários engajados é um dos principais desafios que as organizações enfrentam hoje. Uma maneira de mensurar o engajamento e alinhar as expectativas dos empregados, do RH e da liderança das empresas é por meio das pesquisas. Porém, devido as mudanças tecnológicas dos últimos anos e a velocidade com que as informações são transmitidas, as tradicionais e grandes pesquisas de clima começaram a perder sentido. É o que apontou o estudorealizado pela Willis Towers Watson, empresa de consultoria, corretagem e soluções.

Realizada com 261 empresas brasileiras, em agosto desse ano, a pesquisa Melhores Práticas de Clima e Engajamento constatou que 73% das empresas realizam pesquisas com empregados, sendo que 52% aplicam as análises anualmente com seus funcionários e 37% a cada dois anos. “63% das empresas entrevistadas já perceberam a necessidade de conduzir pesquisas menores e mais frequentes (Pulse Survey), porém, hoje, apenas 25% já realizam esse tipo de estudo com seus funcionários”, complementa Erika Graciotto, Líder da Área de Employee Insights da Willis Towers Watson no Brasil.

O estudo apontou ainda que as pesquisas de clima e engajamento continuarão existindo nas organizações, mas em formatos diferentes. Ao menos 72% dos entrevistados afirmam que acreditam que no futuro próximo as pesquisas serão menores e abordarão a percepção diária do empregado e outros 27% acreditam que os games podem ser a forma mais indicada de abordar os funcionários. “De uma forma geral, percebemos que as empresas sentem a necessidade da mudança, porém, precisamos ainda de uma mudança de mentalidade da liderança e dos RHs. Eles têm que deixar de ver essas pesquisas como uma forma de comparar o resultado de um ano com o outro, focando no que evoluiu ou decaiu, mas passando a olhar para a busca de informações mais relevantes para o negócio. 69% dos entrevistados afirmaram que as pesquisas com empregados são estratégicas para a liderança”, aponta Érika.

Entre os principais fatores que levam as empresas a aplicarem pesquisas de engajamento está o alinhamento da cultura organizacional (54%), a identificação de pontos fortes e fracos na experiência do empregado (46%), tomar melhores decisões sobre programas e políticas de gestão de pessoas (45%) e medir a efetividade da liderança (41%). Entretanto, nota-se que alguns temas estratégicos atuais, como produtividade e diversidade, ainda ficam em segundo plano.

“Ainda vemos que as empresas utilizam as pesquisas de engajamento com olhar de retrovisor, para ver o que mudou e não para planejar o futuro. Entretanto, com os ciclos de transformação culturais cada vez mais rápidos, surge a necessidade de manter uma escuta ativa e frequente com líderes e colaboradores. Por isso, acreditamos que nos próximos anos as pesquisas estarão mais alinhadas com as necessidades do negócio, sem preocupação de avaliar a evolução ponto a ponto”, finaliza.

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