Gestão

Estágio e aprendizagem geraram mais de 180 mil postos de trabalho

de Redação em 14 de junho de 2019
Crédito: Shutterstock

O Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, entidade filantrópica sem fins lucrativos, divulgou na última terça-feira, 12, em coletiva de imprensa, em Brasília, os resultados da pesquisa sobre Impactos Sociais e Econômicos dos Programas de Estágio e Aprendizagem encomendada à Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (FIPE).

Segundo o levantamento, em 2018, foram criados mais de 180 mil postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos, com mais de R$ 15 bilhões de valor adicionados ao Produto Interno Bruto. O relatório ainda apresenta um comparativo dos custos associados às modalidades de contratação, além de contextualizar o cenário do estágio e aprendizagem a partir de uma análise dos principais indicadores econômicos do País.

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Destacam-se na pesquisa os benefícios que os programas trazem para a sociedade de modo geral. Para isso foram levantados os dados sociais, econômicos, demográficos sobre os públicos atendidos pelos dois programas. Humberto Casagrande, superintendente Geral do CIEE, ressaltou a recente marca de 500 mil aprendizes formados pelo programa Aprendiz Legal do CIEE, desde sua implantação: “Infelizmente apenas 40% das empresas no Brasil cumprem a lei e fazem a contratação dos aprendizes. Acredito que o caminho para aumentar este número é mostrar para o empresário que contratar jovens é bom para os negócios.”

Casagrande salientou que o programa jovem aprendiz tem o diferencial que desenvolve a capacitação e softs skills dos estudantes, focando na formação individual com valores de cidadania e ética para além da parte técnica.

Para apresentar os dados gerais do estudo, esteve presente o professor Hélio Zylberstain, do Departamento de Economia da USP e pesquisador da FIPE. “A população jovem é a mais afetada quando há crises. Em 2018, a taxa de desocupação era de 9% para pessoas com mais de 24 anos, enquanto entre os jovens foi de 28,8%. A ideia da pesquisa foi mostrar como pessoas com esse perfil sofrem mais e quais políticas podem ajudá-las”, explica.

A vulnerabilidade da população entre 14 e 24 anos, segundo Zylberstain, não é uma exclusividade do Brasil, mas uma recorrência global. “No entanto, temos esse programa, que é uma cota para as empresas, que tem sido bem sucedido. Se 5% das empresas contratassem, hoje teríamos um contingente muito maior de jovens inseridos no mercado de trabalho”.

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