Gestão

Os maiores inimigos da produtividade

Segundo pesquisa, a pesquisa revelou que a procrastinação é o principal fator que atrapalha a produtividade (52%)

de Redação em 29 de outubro de 2018

Cerca de 55,2% dos jovens consideram que ter “foco na hora de executar” é o comportamento que mais melhoraria a produtividade. É o que mostrou o estudo da MindMiners, startup brasileira especializada em pesquisas digitais, em parceria com a Fundação Estudar.

Crédito: Freepik

O estudo teve como principal objetivo entender quais os fatores que prejudicam a produtividade dos brasileiros e como as pessoas veem esse tema. A pesquisa revelou que a procrastinação é o principal fator que atrapalha a produtividade (52%), seguida do fato de ter muitas coisas para fazer ao mesmo tempo (25%).

De primeira, os respondentes deram dois significados para o tema: parte considera que produtividade está relacionada à proatividade, como ser ativo, empenhado e fazer as coisas acontecerem; e parte enxerga na expressão a condição de quem equilibra eficiência e qualidade e concluí várias tarefas com qualidade. Na comparação entre gênero e classes sociais as diferenças foram mínimas, porém os resultados entre as regiões apresentam algumas diferenças.

Na região Sudeste e Sul, por exemplo, ter muitas coisas para fazer ao mesmo tempo teve percentual em torno de 30% acima da média. Já na pergunta sobre o que ajudaria a pessoa a ser mais produtiva, saber priorizar melhor as tarefas (51%) e entender como evitar distrações (47%) foram as mais citadas. Trabalhar mais teve apenas 6% – ou seja, não se trata de aumentar a carga de trabalho, mas sim de usar o tempo à disposição um modo mais eficiente.

Por fim, foi possível identificar que as pessoas percebem tanto ganhos emocionais, quanto funcionais ao serem mais produtivos: ao mesmo tempo em que há um impacto positivo na autoestima por causa de um sentimento de dever cumprido, há uma melhora no desempenho das tarefas do dia a dia devido a um maior aproveitamento do tempo. Milene Rosenthal, psicóloga e CEO da Telavita, marketplace de saúde digital que conecta profissionais de psicologia a pacientes de todo Brasil, explica que é fundamental buscar o equilíbrio do profissional e o emocional.

“Quando inúmeros desafios e problemas nos cercam o desempenho no trabalho é prejudicado, às vezes aparece enfermidades como a depressão e ansiedade. Por isso, buscar esse equilíbrio é essencial para se manter produtivo no ambiente de trabalho. A depressão causada pelo trabalho é o que mais origina afastamento nas empresas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a partir de 2020, a depressão será a causa mais frequente da ausência prolongada e recorrente das atividades no trabalho”.

Já Mônica Hauck, CEO da Solides, HR Tech especializada em gestão comportamental e people analytics, explica que conhecer o perfil comportamental dos membros da equipe é o primeiro passo para adequar melhor as habilidades de cada um nas tarefas que desenvolve na empresa. “Fazendo essa análise, as pessoas são colocadas nas funções que têm relação com seus talentos e dificuldades. Se cada colaborador exercer uma tarefa coerente com seu perfil, a atividade se torna mais simples e é realizada com mais eficácia”, explica Mônica.

Para Marcelo Furtado, CEO da Convenia, um software na nuvem de Gestão de Pessoas para PMEs, antes de aplicar alguma técnica com os colaboradores é preciso fazer um diagnóstico e, cabe ao gestor ver qual como está a produtividade dele. “A principal ferramenta é um acompanhamento próximo, ajudar a priorizar as demandas e passar o caminho das pedras para que a tarefa seja executada com sucesso” conta Marcelo.

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