Gestão

Pesquisa sobre mobilidade corporativa

60% das empresas nunca demonstraram preocupação com o tempo de deslocamento do funcionário

de Redação em 8 de agosto de 2018

Uma das maiores dificuldade de tramalhadores brasileiros é o deslocamento de casa ao trabalho, causado pelo trânsito e pela precaridade no transporte público. Com esta realidade, o profissional perde um tempo muito precioso, que pode influenciar negativamente na produtividade, impactando em problemas de saúde, como o estresse, por exemplo.

Segundo Pesquisa de Mobilidade Corporativa 2018, realizada pelo Instituto PARAR e MindMiners, que ouviu 1.500 pessoas de todas as regiões do país, 55% estão insatisfeitos com o transporte público, sendo que a região Norte, com 67%, apresenta o maior número de insatisfeitos.

Fugir do trânsito caótico ou das péssimas condições de transportes, como ônibus, trens e metrôs, tem sido um dos desejos dos trabalhadores que, se fosse o caso, 49% escolheriam trabalhar mais perto de casa, abrindo mão de benefícios e ganhando 10% a menos.

O tempo desperdiçado no trânsito ou à espera de algum transporte público, por exemplo, poderia render muitas outras atividades produtivas e importantes para o bem-estar e carreira do trabalhador. A pesquisa aponta que, se tivessem, pelo menos, 1 hora economizada no seu tempo, 27% gostaria de ficar com a família, 27% ocupar-se com alguma atividade de lazer, 22% estariam estudando e 18% praticando uma atividade física. E mais: 5% gostariam de empreender.

A pesquisa traz resultados e um alerta importante aos gestores e RHs das empresas. Mais que isso, com estes dados, ela dá a estes profissionais a oportunidade de desenhar um plano estratégico para driblar problemas tão comuns em relação à produtividade e saúdo do funcionário. Mas, segundo o estudo, 60% das empresas nunca demonstraram preocupação com o tempo de deslocamento do funcionário até a empresa.

Temos observado uma mudança nos modelos tradicionais de trabalho. O home office, por exemplo, tem fornecido ganhos significativos para os dois lado: funcionário e empresa, como redução de custos com transporte e alimentação do colaborador; e no caso do funcionário, quando ele recebe consultorias e treinamentos para esta nova modalidade, destaca-se a qualidade de vida e o aumento da produtividade. Mas, outra vez – o percentual das empresas acima – 70% delas não oferecem a modalidade home office.

É preciso, mais do que nunca – em tempos de transformação digital, de novas tecnologias, novos perfis profissionais, novas atividades – que as empresas enxerguem as ações assertivas para chegar ao melhor modelo, que influencie positivamente nos negócios, reduzindo custo e ganhando a motivação dos seus talentos na organização.

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