Quando acelerar a carreira ultrapassa certos limites

de Redação em 14 de junho de 2017

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Gabriel tem apenas 28 anos e já é considerado por seus amigos, familiares e colegas de trabalho um jovem empreendedor de sucesso. Com um currículo invejável, Gabriel já montou seis startups, das quais, duas, ainda durante a pós-graduação. Recentemente, terminou um MBA no exterior e, durante as corridas matinais diárias, às 5 da manhã, ele planeja montar outra empresa.

A semana de Gabriel, normalmente, tem, ao menos, 8 reuniões, 2 palestras para falar de empreendedorismo e Gabriel ainda consegue tempo para os amigos durante horários variados de almoço e jantar, desde que os assuntos sejam sobre negócios,
ideias e projetos.

Como Gabriel é hipercompetitivo, sempre que pode, ele participa de eventos de Hackathon, imersões, treinamentos e cursos que lhe permitam turbinar seus conhecimentos. Tudo para ser o melhor e mais bem-sucedido em…em…em quê mesmo?

Certamente você conhece ou já ouviu histórias bem semelhantes à de Gabriel. Não é incomum encontrar pessoas que estão entrando nesse mesmo ritmo. O mundo está acelerado e, de alguma forma, estamos nos acelerando com o mundo sem que percebamos um pequeno detalhe: o de que as pessoas não são iguais.

Nos negócios, a ideia de ser bem-sucedido a qualquer custo é antiga e ganhou ainda mais atenção das pessoas com a explosão da internet e todas as tecnologias que transformaram estudantes em milionários.

O problema é que, junto dessa busca pelo sucesso, também vêm a autocobrança, a hipercompetitividade, a ansiedade e o estresse até chegar à depressão. E tudo isso acontece repentinamente. Quando carregamos tarefas, desafios e responsabilidades
muito além da nossa capacidade ficamos muito expostos a perder o controle de tudo.

É claro que investir na carreira é algo importante. O conhecimento sempre foi e será bem-vindo porque traz benefícios em todos os aspectos. Porém, muitas vezes, também é importante fazermos perguntas essenciais em nossa vida profissional já que ela impacta não apenas a nós mesmos, mas a todos com quem nos relacionamos. Dedico este último parágrafo para lhe propor algumas perguntas que, talvez você até já tenha pensado a respeito, mas que, de alguma forma, podem ajudá-lo a refletir sobre o assunto:
A hipercompetitividade é sustentável? Quais são os meus limites? O que eu preciso provar? Qual a coisa mais importante para mim hoje? O que me faz diferente dos outros? Se eu não alcançar meu objetivo, o que vou perder? Qual o impacto das minhas decisões na vida dos outros? Que tipo de legado eu estou construindo?

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