Tecnologia

Tecnologias de recrutamento ganham espaço na área de RH

de Roberto Baptista em 29 de agosto de 2014

A estagnação da economia brasileira registrada nos últimos anos influenciou diretamente o mercado de RH. Entre as áreas mais impactadas está a tecnologia da informação, que teve uma grande queda no número de profissionais formados, devido à falta de projeção da carreira, influenciada pela situação do país. Encontrar um profissional qualificado em TI virou um grande desafio para as empresas nos dias de hoje.

Roberto Baptista / Crédito: Divulgação
Roberto Baptista é diretor do Compleo Talent

De acordo com uma pesquisa realizada pela BRASSCOM (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), o setor de TI terá um déficit de 45 mil profissionais em 2014. O instituto de pesquisa IDC também prevê um agravamento na carência por profissionais de tecnologia no Brasil até 2015 – ano que, segundo suas projeções, terão uma carência de 117 mil vagas neste segmento.

Em contrapartida, para amenizar essa dificuldade, diversos novos serviços para encontrar, reter e desenvolver talentos, têm surgido com o objetivo de tornar o recrutamento e a seleção desses profissionais mais otimizado. Essas ferramentas têm ganhado cada vez mais espaço no país, sendo considerado um investimento estratégico em capital humano e que pode mudar o perfil do RH, nos aproximando cada vez mais do modelo aplicado em países desenvolvidos há mais de uma década.

Já existem disponíveis, por exemplo, soluções que visam otimizar a busca pelo candidato ideal trazendo recursos inovadores como a busca de perfis mesmo nos casos em que a pessoa não tenha disponibilizado seu currículo na Internet. Isso porque há uma tecnologia capaz de fazer uma varredura em chats e fóruns de discussão, identificando palavras-chave que ajudem a traçar o perfil não só profissional, como também pessoal.

Muitas vezes o profissional mais adequado para a vaga é aquele que não está em busca de novas oportunidades, e, essas ferramentas ajudam a encontrá-lo de forma totalmente automatizada e mais rápida, possibilitando abranger um público inusitado que não é explorado atualmente. Essas soluções fazem o que chamamos de “Recrutamento de Candidatos Passivos”, ou seja, uma listagem de profissionais (de acordo com Score ou Ranking) que nem chegaram a colocar seus currículos no mercado.

Nos EUA essa prática já é comum por meio do chamado Workforce Science, que utiliza a tecnologia de análise de grandes volumes de dados, conhecida como Big Data, para aprimorar os processos de recursos humanos e correlacionar dados de um candidato com base em diversas fontes – redes sociais, testes online, informações armazenadas na web ou no computador do trabalho, por exemplo. Essa análise ajuda a entender como a pessoa se comunica, que tipo de desafio prefere e quais empresas têm mais o seu perfil.

O Brasil já está entendendo a vantagem de se utilizar a tecnologia como uma aliada para o RH, mas é preciso evoluir de forma mais rápida, pois essas soluções podem revolucionar a forma com que uma pessoa é contratada impactando diretamente na assertividade do processo de contratação, o que em, por sua vez, vai refletir na produtividade da empresa tornando-a mais competitiva.

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