CONARH

A transformação cultural e o resgate da autonomia e do empreendedorismo

Desafios e reconhecimento, incremento em benefícios triplicaram resultados da empresa em apenas três anos

de em 19 de agosto de 2016
Carlos Griner – à frente do RH da Suzano desde 2008 Carlos Griner – à frente do RH da Suzano desde 2008

Por Fabíola Lago

Carlos Griner – à frente do RH da Suzano desde 2008

Carlos Griner – à frente do RH da Suzano desde 2008

Nos últimos quatro anos a Suzano Papel e Celulose passou por um forte processo de reinvenção: depois de amargar três anos de prejuízos, decidiu profissionalizar a diretoria e, a terceira geração da família Feffer passou a integrar o conselho administrativo da organização. Com a entrada de Walter Schalka, a empresa chegou a quintuplicar sua EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em apenas três anos.

Para chegar a esse resultado, o novo CEO contou com Carlos Griner – à frente do RH da Suzano desde 2008 – para promover uma forte transformação cultural na empresa.

Poucas pessoas sabem, mas o fundador da empresa chegou a vender tudo o que tinha, inclusive a própria casa colocando a família em uma pensão, para investir tudo no novo negócio de fabricação de papel. “Foi essa gestão forte, mas ao mesmo tempo gentil, essa força do empreendedorismo, que trabalhamos para inspirar os mais de oito mil funcionários diretos”, conta Griner.

Para o executivo, cultura corporativa é o que se pratica dentro da empresa, desde o costume de dizer bom dia até como a empresa se expressa com funcionários, parceiros, fornecedores, e como se relaciona perante a sociedade.

Além do resgate do espírito empreendedor, o RH incrementou dois eixos de políticas essenciais de gestão de pessoas: Satisfação e Felicidade. Dentro desses conceitos, implementou home office, incrementou benefícios e reconhecimento pelos resultados. Pela busca por felicidade, sua compreensão foi a necessidade de manter os funcionários permanentemente desafiados, com exercício da autonomia e do aumento da confiança.

Segundo Griner, essa transformação não foi fácil e, apesar de todo investimento em treinamento e ações para tornar os gestores em líderes inspiradores, pelo menos um quarto dos gerentes foram demitidos por não se adaptarem ao novo modelo proposto.  “Sim, acreditamos que as pessoas mudam, mas em um determinado momento percebe-se que elas simplesmente não aderem à nova proposta”, disse o executivo, que já foi eleito pela revista Você RH como “Profissional de RH do ano”, em 2015.

Dentro dessas várias transformações de cultura, o RH da Suzano criou ainda o movimento “Qual é o seu papel?”, como forma de levantar vocações das pessoas na empresa e viabilizar que essas habilidades possam ser trabalhadas nas comunidades, especialmente em localidades extremamente carentes nas regiões Norte e Nordeste, em forma de voluntariado.

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